Simplesmente nada! – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira
O nada é o vazio que pra nada vai e de nada vem. Hoje talvez meu texto de nada sirva, ou pelo contrário nos faça pensarem nada. Desconfioque mesmo do nada já estejamos pensando em algo.
Vasculhei o que escrever e disso: nada! Talvez seja pelo excesso de tudo, que me faz agora escrever sobre o nada, e quando você estiver lendo, também do nada possa surgir uma ideia que nada tenha haver, mas ainda que nada, já será alguma coisa.
Na procura por algo, já disse: encontrei nada. Nada disso, nada daquilo.
E sabe, acho que o nada já é tudo. Nada que já não tenha dito antes; nada que alguém não tenha feito; nada que não se tenha reclamado; nada que tenha sido deixado pra depois; nada que não venha na sua hora; nada tão importante.
Os discursos parecem belos, mas na prática não vejo nada. Nada pra ontem, nada pra hoje, e o triste nada pra amanhã. O momento cíclico leva e volta ao nada, se saiu do nada e voltou-se a ele.
Até agora, nada!
Vivemos diante de um amontoado de informações, especulações, mas já pensaram que nos cercamos de nada. Da economia nada! Da política nada! Inovações nada! Nada da CPI! Nada da Rio+20! Assusto-me pensando que tenhamos alcançado todas as possibilidades humanas, e simplesmente o nosso tudo tenha se perdidoem nada. Nadaque nos satisfaça! Nada que não se tenha ganho! Nada que não se possa! Nada que não se mude! Nada que não se compre! Nada que não tenha preço! Nada reivindicado! Pessoas que valem nada! Pessoas que não espero nada! O que nada adianta.
Falou o artista nada do que foi será, e do nada, consegui escrever de tudo um pouco. Mas se isso não serviu pra nada. Tudo bem, não era nada!
Vitor Hugo do Amaral Ferreira
@vitorhugoaf
Vitor, parabéns, lindo texto, o Brasil precisa de mais jovens como tu. Nunca desanime!
O texto lembrou-me de Francis FUKUYAMA e o “Fim da História”… bom!
-Espero vê-lo na Camara doutor. Mentes ilustradas e com conhecimentos para fazer a cidade crescer e não inchar. Estamos vivendo um tempo onde todos parecem se preocupar em parecer e quase nada em SER.
Para bons entendedores tantos “nadas” bastam….