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Um sério problema petista: o que fazer com José Dirceu

Durante muitos anos, mais de 10 certamente, o Partido dos Trabalhadores conviveu com a liderança forte, eventualmente autoritária, do ex-ministro chefe da Casa Civil e agora ex-deputado federal José Dirceu de Oliveira. Foi, entre outras coisas e apenas para ficar nos seus (dele) movimentos mais recentes, o grande articulador da ampliação das alianças petistas – algo que é esconjurado agora – que levaram, por exemplo, o PL de José Alencar, escalado para ser o vice de Lula, a integrar a caravana que venceu o pleito de 2004.

Cassado por seus pares de Câmara dos Deputados, José Dirceu disse que escreverá um livro – na verdade, o redator será outro, o jornalista e escritor Fernando (“Chatô”, “Olga”) Moraes – contando tudo o que aconteceu nos últimos quatro meses. Enquanto isso, o PT se divide de novo. Afinal, que atitudes devem ser tomadas em relação ao seu ex(?)-homem forte? Uma bela discussão, que é tratada, com talento, pela jornalista Dione Kuhn, em reportagem que o jornal Zero Hora publica neste domingo.

Confira você mesmo:

“Sombra de Direceu aflige PT depois da cassação
Apesar de ter perdido o mandato de deputado, o ex-ministro mantém forte influência sobre a cúpula petista, que se divide sobre seu futuro
O que fazer com José Dirceu? A pergunta divide os líderes do PT. O futuro do ex-capitão do time do governo Lula, agora sem mandato e sem cargo, mas ainda com forte influência sobre os petistas, virou mais um problema para o partido.
A reunião da executiva nacional, na sexta-feira, a primeira depois da cassação de Dirceu, expôs o dilema. Antigos companheiros deram uma demonstração de solidariedade, propondo sua reintegração às atividades partidárias e oferecendo ao ex-deputado cargos na direção.
Nos 10 anos em que comandou com mão-de-ferro o PT, Dirceu distribuiu favores, criou um grupo seleto de confidentes, foi fiel aos que lhe prestaram algum tipo de apoio. São principalmente esses líderes e dirigentes que conviveram intimamente com Dirceu os responsáveis pela rede de proteção ao ex-ministro-chefe da Casa Civil. O grupo deseja que ele continue interferindo nas decisões. Uma prova dessa fidelidade foi dada pelo atual secretário de Finanças, Paulo Ferreira. – Se o Zé se dispuser a vir para o diretório na cota do Campo Majoritário (corrente de Lula e Dirceu que sempre dominou o diretório nacional do PT), sou integralmente favorável. Cedo a minha vaga na executiva na hora para o camarada Zé Dirceu – afirma Ferreira.
Crítico do ex-ministro, Pont defende investigação interna Se depender, porém, de um outro grupo de dirigentes – formado por petistas mais à esquerda ou por desafetos -, o futuro de Dirceu será traçado bem longe das instâncias partidárias. Um dos quatro integrantes da executiva que votaram na reunião de sexta-feira contra a moção que repudia a decisão da Câmara de cassar o mandato de Dirceu, o deputado e secretário-geral do PT, Raul Pont, quer que a comissão de ética apure se o ex-ministro teve ou não culpa na crise que destruiu o patrimônio ético do partido. O parlamentar gaúcho, que ficou em segundo lugar na disputa pela presidência nacional do PT, considera uma obrigação do partido prestar contas aos eleitores.
Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT) também teve, assim como Dirceu, uma trajetória de lutas e de contribuições ao PT, mas o diretório nacional entendeu que os argumentos que pesavam contra ele nesta crise eram…
”

OBSERVAÇÃO: Se você desejar ler a íntegra da reportagem, acesse a página de Zero Hora na Internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/

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