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‘NEW DEAL’. Schirmer terá que tirar coelho da cartola para atender ao punhado de partidos que o apoiaram

Schirmer, no dia seguinte à eleição, era só (merecida) festa. Mas, agora, terá que administrar a abundância. O que pode ser tão complicado quanto a carência (foto João Alves)

O arranjo político de hoje é, sem dúvida, mais simples – embora no dia-a-dia, administrando as crises, os ciúmes e as invejas de parceiros, surjam complicações naturais. Cezar Schirmer, o prefeito, tem sólida maioria legislativa, com apenas PMDB, PP e DEM. E ainda, de inhapa, até o semestre passado, contava com o voto tucano. Mais que suficiente para, como aconteceu ao longo de quatro anos, aprovar o que quis e rejeitar o que não quis.

Mas 2013 será diferente. Beeem diferente. Terá que ser feito um novo acordo (o tal “new deal” do título desta nota). E com complicadores, taaalvez, inesperados. Agora, além do trio de partidos já alinhados, há o PDT e o PTB, que contam com representação parlamentar. Mais que isso, no caso do pedetismo, um nome que, sozinho, se elegeria, pois fez mais votos que o quociente eleitoral. Mais que respeitável, fundamental na arquitetura política do próximo mandato.

No roteiro não escrito, e jamais confessado nem mesmo com a média liderança (talvez um ou outro, muito próximo, o conhecesse), havia a perspectiva de eleger uma bancada maior do PMDB e do PP (partido do vice, José Haidar Farret), mais o PDT de Marcelo Bisogno, quem sabe até um vereador do PTB e Manoel Badke, do DEM. Mas, a petebistas e demistas estava reservado papel menor a partir de 2013. É consenso, no núcleo do governo, que o espaço do DEM é maior que seu poder real. E se imaginava uma redução. Ao contrário, o demismo duplicou de tamanho, no parlamento. E, portanto, ao menos em tese, no mínimo manteve o cacife atual, na administração.

E o fenômeno Bisogno, que recebeu apoios inclusive no interior do PMDB, conseguiu transformá-lo em querido que não pode ser, muito pelo contrário, desprezado no tabuleiro das negociações em torno do novo governo. Mal comparando, taaalvez, esteja na mesma situação de Farret em 2008 – podendo escolher se quer ou não ser secretário. A diferença, em relação a Farret, que topou assumir a Saúde, é que não quererá. Preferirá influenciar na Câmara e ter outro nome do PDT no governo.

Para não tornar muito longa essa avaliação, que retornará com certeza, se pode dizer, objetivamente, que Schirmer terá que enfrentar dilemas provavelmente inesperados. E a cartola precisará gerar muitos coelhos. Mesmo porque, só para dar um exemplo final, se resolver trazer para a gestão um vereador do PMDB, cederá espaço a mais um partido, no parlamento. No caso, o PR de Anita Costa Beber, a primeira suplente. E terá que negociar ainda mais.

EM TEMPO: com todo o respeito aos demais nove partidos (PSC, PV, PRB, PPS, PSL, PTC, PSB, PC do B) da coligação governista, eles serão absolutamente irrelevantes. Politicamente falando. E terão que se contentar, e olhe lá, com um ou dois CCs cada Se tanto.

EM TEMPO (2): há, de outra parte, várias incógnitas em todo esse processo de montagem de governo, e que também merecerão a atenção de Schirmer. Uma em especial: o que fazer com a dissidência tucana, representada hoje por dois secretários? Bem, há que se achar lugar para eles. Também por isso, é muito improvável que o prefeito busque retomar qualquer tipo de aliança administrativa e institucional com o PSDB. Mesmo que (e não parece ser o caso) este quisesse.

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2 Comentários

  1. As pessoas de bom senso e serias mandava todos embora pois se juntar todos os votos deles não elege um vereador, e quanto a se contentar com um CC, e exatamente isso que eles querem pois e só o que eles sabem fazer nada, inchar a maquina de parasita.

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