O QUE VIRÁ. Schirmer terá, de cara, o apoio de 13 em 21 vereadores. Como já se viu, isso faz diferença
Se as urnas de 2008 conferiram ao prefeito Cezar Schirmer uma bancada de nove aliados – que depois se transformariam em 10, com a adesão de Jorge Ricardo Xavier (eleito com os petistas e que os abandonou logo ao iniciar o mandato) – passados quatro anos conseguiu exatamente a mesma coisa. Então, só chegou aos dois terços de vereadores depois de assumir. Agora, renova o mandato e também precisará de um voto para ter o mesmo quorum. Algo a ser resolvido entre este outubro e 1º de janeiro.
Somando os edis eleitos, são exatamente 13. Resumindo: só estão na oposição, pelo menos formalmente, e é o que disseram as urnas, os eleitos pelo PT (4), PSDB (2), PPL (1) e PSD (1). Schirmer poderá conquistar algum deles? Buscará trazer de volta para a prefeitura os tucanos? São questões ainda a ser tratadas.
Mas há outro lado. Se hoje Schirmer precisa, em tese, negociar basicamente com seu próprio partido e o PP, para ter a maioria parlamentar, a partir de janeiro terá que conviver com outras siglas que se fortaleceram nas urnas, no que toca à representação parlamentar. São os casos do PDT do campeão de votos Marcelo Bisogno e do DEM, que elegeu dois edis. Se pretendia reduzir a participação de ambos, terá que repensar. Mais ainda o PTB, outro partido volátil ideologicamente e que também tem duas cadeiras.
Isso é o outro lado. Que terá que ser administrado. Bueno, mas o prefeito sabia que isso seria necessário, não? É do jogo democrático. E Cezar Schirmer soube jogá-lo até aqui.
EM TEMPO: uma outra situação será tratada logo em seguida e que também poderá, ou não, interferir no tabuleiro de xadrez político. É a eleição de 2012, para a Assembleia Legislativa. Há, de pronto, dois candidatos governistas. Como geri-los? Esse foi um erro de Schirmer no primeiro mandato e ele sabe, embora talvez não admita. Ah, quem são? O peemedebista Tubias Calil e o pedetista Marcelo Bisogno. Por certo, o prefeito gostaria de eleger ambos. Mas, como fará?
Tomara que a oposição apareça e fiscalize o governo com mais empenho, porque esses 13 a elogiar e defender esse governo…tenha dó!
Alem dos partidos de aluguel que se aliaram so por cargos, ainda tem os novos vereadores que tem seus cabos eleitorais para acomodar, em troca de apoio, pelo visto se os governos Federal e Estadual não man-darem mais dinheiro a situação vai ficar insustentavel.