REFLEXÃO. Por que jovens não se elegem em SM?
ATUALIZADO ÀS 10h
Um amigo do editor, empresário e militante, enviou interessante mensagem via feicebuqui. O sítio tentou contato, para pedir autorização e dar o mérito devido ao autor. Como ele não respondeu, a autoria segue (por enquanto) incógnita. De todo modo, é tema que merece a devida reflexão. E o editor, inclusive, tende a concordar com ela.
Então, acompanhe a mensagem, depois leia o comentário claudemiriano e tire tua própria conclusão. A seguir:
“A média de idade da nova Câmara de Santa Maria é de 50,9 anos!!! Onde estão os jovens de Santa Maria? Esta posição (no meu entender: covardia) dos movimentos estudantis de ter trocado o “Presidente” por coordenadores tira o sentido de liderança, de representação de um grupo importantíssimo da sociedade, que fica sem representação no legislativo e sem oferecer novos líderes para o futuro. Ao mesmo tempo eles não assumem, então, o parlamentarismo como forma de governo. Será que gostam de ser “cabresteados”? De ser “massa de manobra”? De ser “coadjuvantes”?”
COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: independente da opinião do leitor, que, de resto, faz bastante sentido, é absolutamente incompreensível que não se tenha candidatos jovens competitivos. A causa pode ser essa, aposta na mensagem. Mas é possível ampliar isso para outras organizações de trabalhadores, que resolveram, de uma hora para outra, eleger “colegiados” para dirigi-las, de uma certa maneira diluindo as lideranças. Elas existem, são fortes, mas não aparecem junto ao grande público. Logo, mais difícil é, mais adiante, se criarem como alternativas viáveis para cargos eletivos. É de pensar. Ou não?
ATUALIZAÇÃO: acaba de fazer contato com o editor, o autor do texto, que autoriza a divulgação. Trata-se do empresário Edmilson Gabardo.
Acho que a falta de dinheiro atrapalha, mas para mim o fator primordial é a contundente falta de interesse dos nossos jovens para com a política, especialmente os jovens de classe média. Não taxaria esse fenômeno de alienação por achar desgastado, mas há um grave desinteresse. Muitos jovens de hoje passam horas e horas do dia com fones nos ouvidos (o que também é prejudicial à saúde) e, assim, ficam alheios a realidade social e a realidade de sua cidade/estado/país. Pegue um grupo de jovens, especialmente da classe média, e tente falar com eles sobre política: a grande maioria ou vai se chatear imediatamente ou vai dizer que não se interessa por política ou vai dizer que os políticos são todos ladrões, reproduzindo uma lógica que há décadas é repassada em pírulas pelos formadores de opinião e pela grande mídia nacional. A frase é surrada, mas sempre vale a pena ser dita: se os bons não participam da política (desde jovens), os maus ocupam os espaços e reproduzem lá justamente aquilo que mais condenamos.
Concordo com o Ricardo Jobim, em parte. O jovem não tem dinheiro para disputar uma cadeira e quando se aventura é muito mais por um ideal, talvez próprio da idade, do que qualquer outro motivo. Os jovens que tem alguma articulação em governos ou partidos tem maior probabilidade de buscar um mandato e até de eleição. Exemplos em nossa história, inclusive recente, não faltam.
Na real, jovem não tem $$$ pra bancar eleição. Ou cancha, que só vem com o tempo. É isso.
O povo de Santa Maria, é conservador e gosta da mesmice e daqueles profissionais da politica que nunca tiveram outro emprego a não ser politico, enquanto não mudar essa comsiencia, infelismente nunca vai se ter renovação.