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Luta política. CPI objetiva desgastar governo. Vale para Brasília, Porto Alegre e Santa Maria

Ontem de manhã, os jornalistas Rosane Oliveira e André Machado entrevistaram, na rádio Gaúcha, a governadora Yeda Crusius. Entre outros temas, trataram da CPI do Detran. Os oposicionistas que dela participam tentam convocar o Secretário Geral de Governo, Delson Martini. A propósito, leia o que escreveu Rosane, na página que assina na versão online de Zero Hora. No final, o meu comentário. 

 

“Yeda explica compra da casa

. Perguntei à governadora Yeda Crusius se ela tem como explicar a casa que comprou no final de 2006 e que na CPI do Detran o deputado Paulo Azeredo (PDT) perguntou a Chico Fraga se poderia ter sido adquirida com sobra de campanha. Yeda disse que não tem problema em explicar a compra da casa e que é resultado de uma vida inteira de trabalho.

– Minha primeira explicação é que eu não faço o que eles fazem. Quem fala em sobra de campanha sabe do que está falando. Se falaram isso na CPI, foi um tiro n’água, porque Yeda Crusius pode ter essa casa – declarou a governadora.

Yeda disse que comprou a casa com o dinheiro da venda de um apartamento que tinha em Brasília e de um imóvel em Capão da Canoa, financiou uma parte e tomou outro empréstimo para concluir a obra, “porque até chovia dentro”.

André Machado questionou a governadora sobre a possível convocação do secretário-geral de governo, Delson Martini para depor na CPI do Detran e ela voltou a afirmar que a CPI está tentando “pegar pessoas à volta do governo”. Negou que Lair Ferst fosse a pessoa que resolvia os problemas financeiros da campanha dela.”

COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: a grande realidade é que, de pelo menos cinco anos para cá, as Comissões Parlamentares de Inquérito, um direito legítimo das minorias nas mais diversas casas legislativas, se transformaram em objeto de disputa política. É assim. E não se está, no caso, fazendo juízo de valor. Tanto que, não raro, os casos objeto de apuração, invariavelmente, já têm alguma autoridade gabaritada trabalhando.

 

Exemplos da hora: a CPMI dos Cartões Corporativos, no Congresso, só tem como meta desgastar a imagem do governo. Não de Lula, que é imune a qualquer coisa (como já se percebe, pelas pesquisas), mas de todos quantos, perto dele, alcem vôo. Hoje é Dilma Rousseff.

 

De outra parte, a CPI do Detran, que já tem um trabalho técnico prévio e competente da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, objetiva desgastar a administração de Yeda Crusius. E chamar o Secretário Geral faz parte do cronograma da disputa política.

 

E em Santa Maria? Aqui, a CPI do Idort já foi objeto de investigação anterior e até as pedras sabem da honestidade pessoal e política do prefeito Valdeci Oliveira. Então, por que faze-la, aproveitando o pretexto da reportagem da revista Época? Obvio: ferir a imagem daquele que, talvez, seja o maior eleitor de outubro.

 

Conclusão: não gosto disso, como cidadão ou analista. Mas entendo que faz parte da luta política. Em Brasília, no Rio Grande ou em Santa Maria. Só não posso ser ingênuo. Nem transmitir isso ao leitor. É legítimo, mas…

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui, se desejar, outras notas publicadas pela jornalista Rosane Oliveira em seu blog na ZeroHora.Com.

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