SECRETARIADO. Haja lobby. Schirmer só pretende definir 1º escalão após o carnaval. Tradução: março
Os pretendentes a algum cargo no primeiro escalão do segundo mandato do prefeito Cezar Schirmer (PMDB) só tem uma chance de resolver a parada rápido: o titular da função pretendida resolver se mandar antes do tempo. E isso, se o comandante não decidir manter um adjunto no lugar, até que o titular seja escolhido.
A decisão, já conhecida nos bastidores do Palacete da SUCV e em outros gabinetes do coração do poder na comuna, é levar a discussão até o carnaval. E só depois, então, definir quem ocupará qual cargo. O que quer dizer, na prática, março. Até lá, a orientação é manter tudo como está. Admite-se, porém, que um e outro, por vontade própria, queira se afastar. Nessa circunstância, a decisão será caso a caso.
Há uma lógica a presidir o comportamento de Schirmer. De um lado, ele pretende “matar no cansaço” os pretendentes com menos estofo político/administrativo do que ele imagina necessário. De outro, joga com a certeza de que “nada relevante” acontece entre o Natal e o Carnaval. Ainda por cima, ganha tempo para montar a reforma administrativa que aposta seja a adequada para enfrentar os próximos quatro anos.
O risco que, por experiente, certamente Schirmer não despreza, é ampliar o descontentamento de aliados hoje sedentos de poder e que se sentem reduzidos na administração. Nesse grupo estão os partidos secundários na aliança que o elegeu, junto a José Farret (PP), e que tencionavam ocupar rapidamente o naco de poder com o qual pretendem ser aquinhoados.
Essa postura do prefeito também tem, do ponto de vista dele, um bônus: facilitar a aliança governista também na eleição para a Mesa Diretora do Legislativo. Vai medir o comportamento de uns e outros. Traduzindo: quem não se comportar agora, nesse não tão pequeno detalhe, pode ser excluído do governo antes mesmo dele ser formado.
Sim, é a política, gente, a política.
Engana-se ou se deixa enganar quem quiser; SE QUISER!