ELEIÇÕES 2014. Tucanos “radicalizam”, ao antecipar escolha de Aécio para presidente. Mas nada é pacífico
Diferente do que ocorreu nas três eleições presidenciais anteriores (com exceção, quem sabe, da primeira, em que José Serra era o nome óbvio), em que o PSDB só fechou o nome do candidato a presidente no ano da eleição, agora houve uma antecipação. Uma espécie de “radicalização”, se tomados os jeitos ditos normais de os tucanos se comportar.
Aécio Neves é o nome ungido pela cúpula, inclusive o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No entanto, isso não é exatamente pacífico. Tem que primeiro ser combinado com os grandões paulistas do partido, inclusive ou especialmente o governador Geraldo Alckmin e o ex-candidato duas vezes derrotado Serra.
Para saber mais sobre isso, e as consequências da opção pelo senador mineiro, vale a pena conferir material publicado hoje pelo jornal O Estado de São Paulo. A reportagem é de Isadora Peron. A seguir:
“Opção precoce por Aécio rompe tradição tucana…
…Nunca antes na história deste país o PSDB lançou uma candidatura à Presidência da República com tanta antecedência. Em dezembro, faltando um ano e dez meses para as eleições, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que o senador Aécio Neves (MG) seria o nome tucano para a corrida presidencial de 2014. Assim, o PSDB deixou para trás o histórico de adiar ao máximo essa decisão.
O motivo para postergar o anúncio de quem seria o candidato da sigla costuma ser o mesmo, eleição após eleição: a falta de consenso em torno de um único nome. Aliar as ambições pessoais e os interesses partidários não foi tarefa fácil no ninho tucano nos últimos anos.
Até neste momento, em que o presidente nacional da sigla, Sérgio Guerra, tem repetido por toda parte que Aécio é o candidato “da grande maioria do PSDB”, ainda há descontentes. Setores do partido, em especial tucanos de São Paulo, estão insatisfeitos com a condução do processo, que inclui a escolha do senador como presidente nacional da legenda…”
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