ELEIÇÕES. As duas principais razões por que não há qualquer campanha em favor dos candidatos de SM

Tome-se 2010 como parâmetro, até porque foi a última eleição geral. Apenas um, dos quase 20 candidatos apresentados por Santa Maria, conseguiria mandato com votos conquistados exclusivamente entre o eleitorado local: Valdeci Oliveira. Com seus 46,5 mil santa-marienses estaria na Assembleia Legislativa. Creia, foi uma exceção.
Os outros dois eleitos pela cidade, Jorge Pozzobom (estadual) e Paulo Pimenta (federal), embora excepcional votação aqui, tiveram que “gramear” apoios na região e fora dela, para ter chance de chegar ao objetivo.
Essa circunstância se repetirá agora. É bastante improvável, para não dizer impossivel, sobretudo na disputa para a Câmara dos Deputados, que alguém consiga eleger-se somente com apoio nativo. Todos, dos mais aos menos competitivos, terão que sair das fronteiras da boca do monte, se tiverem um mínimo de ambição.
Essa é uma das razões por que perde sentido qualquer campanha do tipo “dê votos para Santa Maria”, encetada nos anos 90 pelas entidades empresariais e com apoio da mídia local. Afinal, como explicar isso ao eleitor?
Mas há também outro motivo, tão ou mais importante que a questão politico/geográfica: a inexistência de candidatos de partidos grandões para a Câmara dos Deputados. Isso mesmo: PP, PMDB e PDT (juntamente com o PT, os que têm o maior número de filiados na comuna) simplesmente abdicaram da apresentação de nomes.
Resultado? Os três partidos (e outros também) vão patrocinar candidatos alheios ao cotidiano santa-mariense e, portanto, inviabilizam qualquer tipo de campanha “bairrista”. Ou você acredita que a mídia e os empresários bancariam uma campanha que, no caso da Câmara dos Deputados, beneficiaria, a rigor, apenas um partido, o PT? Nem o editor.
Vai daí que essas duas razões, e outras menores que não vêm ao caso no momento, simplesmente permitem que se esqueça qualquer tipo de ação institucional em favor da cidade. E talvez, cá entre nós, também seria meio anacrônico. Mas isso já é outra história.
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