Arquivo

Renan x Abril. Comissão investiga “negócios ocultos” da editora da Veja. Hein?! Hehehehe!

Reportagem da jornalista Elvira Lobato, publicada em 2001, na Folha de São Pauloinformava que 24% das emissoras de TV do País estão, direta ou indiretamente, na mão de políticos. São fortes os indícios, e inclusive pesquisas foram feitas posteriormente que os confirmam, no sentido de que a situação não se modificou. Pelo menos não no caminho da redução.

 

É fato também que a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado tem boa parte dos membros, edis que fazem parte da chamada bancada dos comunicadores. Parlamentares com participação em veículos de comunicação eletrônica ou que a eles são ligados. E é na CCT que se discute, entre outros assuntos, a outorga de licenças para operação. Alguém já escreveu: “a raposa cuidando das galinhas – ou será das ovelhas?”.

 

Pois é na CCT que desembocou o enrosco Renan Calheiros x Veja. Por enquanto, com grande vantagem para a revista da Editora Abril, é bom reconhecer. Inclusive com o apoio do restante da mídia grandona (e da que se acha. E até da que não se acha).

 

Para se defender, recorde-se, o Presidente do Senado acusou a empresa que edita a Veja de fazer “negócios ocultos”, inclusive a venda da TVA (empresa do grupo), companhia dedicada à televisão por assinatura, à Telefónica de Espanha. Seria um ato ilegal – pois a legislação brasileira veda o controle do capital estrangeiro nos veículos eletrônicos.

 

Agora, por inspiração de aliados de Calheiros, como o senador Marcelo Crivella, do PRB carioca, e do próprio presidente da CCT, o amigão do alagoano, senador Wellington Salgado, do PMDB mineiro, a denúncia será investigada. Epa! Investigadada???? Hehehehehehehe.

 

Ok, ok, serão ouvidos representantes da Editora, da Telefônica e sei lá mais quem. Mas, cá entre nós, você acredita que os senadores irão fundo nesse negócio? Desculpa, mas, de novo: hehehehehe. Aliás, você leu a notícia dessa investigação em algum veículo da mídia grandona (ou da que se acha?)? Aí, um sinal inequívoco de como isso vai funcionar.

 

Na verdade, trata-se de um ato intimidatório sobre a Editora Abril. E não o que seria de se desejar, uma apuração séria da denúncia. Isso não ocorrerá. Ou, se acontecer, vai parar logo. Mais exatamente quando começar a constranger os parlamentares que também têm a sua estaçãozinha (ou zona) de TV ou Rádio. Pois é…

 

SUGESTÕES DE LEITURAconfira aqui a reportagem “CCT investigará denúncias contra Grupo Abril”, de Soraia Costa, no Congresso em Foco.

Leia também a nota “Lobo não come lobo. Caso Renan, mídia grandona (e a que se acha) e seus estranhos silêncios”, que publiquei na quinta-feira, 9 de agosto.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo