EM SANTA MARIA. CPI da Kiss com depoimentos que esvaziaram galerias. Ah, e um não será mais ouvido

O Dr Tavores, que havia sugerido o depoimento de um ex-proprietário da boate Kiss, desistiu. O empresário não foi encontrado pela Comissão para que lhe fosse entregue o convite. Que coisa,não?

Ah, mas os outros convocados (dois funcionários da prefeitura) compareceram à Câmara para ser ouvidos pela CPI da Kiss. E praticamente sem ninguém nas galerias. Os mobilizados familiares das vítimas, com certeza admitindo que nada importante haveria no Legislativo, preferiram se deslocar para Porto Alegre, onde acompanharam julgamentos relativos à tragédia, no Tribunal de Justiça, como você lerá em nota posterior, em seguida.

Mas, afinal, o que disseram e o que lhes foi perguntado (pela oposição, pois os governistas que controlam a CPI nada inquiriram)? Confira no material produzido pela assessoria de imprensa da Câmara. O texto é de Clarissa Lovatto Barros, a foto de Carolina Bonoto. A seguir:

“Fiscais da prefeitura prestam depoimento à CPI

Na manhã desta quarta-feira (29), a CPI instalada para investigar e apurar fatos e atos relacionados ao incêndio na boate Kiss realizou a oitiva de dois fiscais da prefeitura.  A CPI é presidida pela vereadora Maria de Lourdes Castro, tendo como vice-presidente Dr Tavores e relatora, vereadora Sandra Rebelato. O advogado da AVTSM, Jonas Stecca, não acompanhou as oitivas por estar em compromisso no município de Porto Alegre.  Os vereadores Anita Costa Beber, Admar Pozzobom, Coronel Vargas, Daniel Diniz, Luciano Guerra e Werner Rempel acompanharam as oitivas.

O engenheiro civil Carlos Fernando Moura Flores está lotado na superintendência de analise de projetos e vistoria, que pertence à secretaria de Controle Mobilidade Urbana.  Explicou que o setor em que atua não diz respeito a edificações, mas a informações urbanísticas e certidões em geral.  Referente à boate Kiss, afirmou que absolutamente não fez análise de nenhum projeto.

Na sequência, a CPI ouviu depoimento de Ricardo Bieri, fiscal da prefeitura, vinculado à secretaria de Mobilidade Urbana, o qual explicou que faz vistoria dos estabelecimentos.  De acordo com Bieri, a atividade consiste em, a partir de uma listagem, realizar vistoria em local a fim de verificar a existência de alvará de localização, área física e atividade fim. Em relação à boate Kiss, afirmou que não esteve no estabelecimento.

Questionado pelo vereador Werner Rempel sobre ofício encaminhado ao secretário de Mobilidade Urbana, Miguel Passini, com sugestão de promoção de fiscalização mais positiva, o fiscal informou que apresentou ofício porque há falta de comunicação entre setores, porém o documento nunca foi respondido. Em resposta ao vereador Luciano Guerra, afirmou entender que o secretário Passini descumpriu a lei orgânica ao não fornecer o ofício.  Bieri, a responder ao vereador Admar Pozzobom, declarou que em nenhum momento recebeu ordem para não fiscalizar a boate Kiss…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.