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Me julguem – por Daiani Ferrari

Meus pés. Um dos traumas da minha vida. Tenho o pé muito feio. Não diria apavorante, mas é feio num nível elevado. Ele é magro, pele clarinha que deixa bem visíveis as veias, que, por sua vez, são saltadas. Têm joanete. Um calo que nos últimos tempos começou a nascer em cima do joanete (que sina!) e dedos compridos. Meu segundo dedo é maior que o dedão.

Várias teorias já ouvi para esse dedo grande. A mais comentada é a de que a mulher com esse pormenor é do tipo que manda no marido (sobre isso, não emitirei opinião sob pena de ter problemas em casa). Pesquisando sobre o tema, descobri que meus pés são do formato grego, no qual “o segundo dedo é mais comprido que seu vizinho, o primeiro dedo, mais conhecido como dedão, e a partir deles, os tamanhos vão diminuindo até o quinto dedo”.

Há quem acredite que os dedos podem revelar traços da personalidade da pessoa. Dedos murchos ou cheios. Pontiagudos ou arredondados. Retraídos, separados ou escondidos. Cada tipo desses (entre muitos outros) equivale a uma característica da pessoa. Tendo como base as informações que encontrei, eu seria do tipo que bloqueia as emoções devido aos meus dedos murchos. Meu joanete diz que coloquei meus sonhos em segundo plano e os dedos em forma de garra contam que sou uma pessoa fechada e introspectiva, além de ter dificuldade de falar de mim e ser controladora. E para finalizar, meu quarto dedo escondido alerta que sou do tipo que encobre as emoções.

Se tudo isso não fosse uma grande bobagem, até poderia dizer que os dedos estão certos sobre o que falam de mim. Definitivamente, pé não é o meu forte, mas não há nada que belos sapatos não possam dar um jeito. No meu caso, comprar sapatos não é futilidade, mas necessidade…

***

Se eu precisasse encontrar uma justificativa para minhas muitas compras de sapatos, poderia ser essa. É, eu podia dizer que vem daí minha compulsão por sapatos. Mas a quem quero enganar?

Sapatos são meu ponto fraco. Meus objetos de desejo. Sempre. Pode ser a inversão de valores, a preferência pelo ter ao ser. Me julguem. Talvez alguns tenham sido por simples impulso, mas, em defesa própria, afirmo que nunca me arrependi de nenhum par. Nem daqueles que ainda não usei.

Existe uma Carrie Bradshaw dentro de mim.

PS: sobre os meus pés, não é essa a desculpa para comprar sapatos (podia ser, mas não é) mas, podem acreditar, meu pé é muito feio. Tal qual descrevi.

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