E daí, nada. Não seria a primeira vez (muito longe disso) que um orçamento federal é votado no ano em que é executado. Mas, mais que isso, desde meados dos 90, por iniciativa do então Presidente Itamar Franco e seu ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, existe a Desvinculação das Receitas Orçamentários (DRU), que permite ao governante utilizar, a seu critério, até 20% do Orçamento.
Logo, embora importante para muita gente, inclusive comunas que dependem (e quais não dependem) de emendas parlamentares, e dos próprios congressistas, como a DRU será mesmo prorrogada por mais quatro anos, em votação na próxima semana, no Senado, preocupação não há. Ou há?
Talvez alguma, pelo menos a partir da base governista no parlamento. Mas nem tanto. Ou… Bem, tire você sua própria interpretação, a partir de material produzido pela Agência Câmara de Notícias. A reportagem é de Noéli Nobre. A seguir:
“Governo espera votar Orçamento no dia 21 ou 22, diz líder
O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira (8) que a intenção do governo é votar a proposta orçamentária de 2012 (PLN 28/11) no dia 21 ou 22 deste mês, logo após a votação da DRU [Desvinculação das Receitas da União – PEC 61/11]. “O Congresso pode votar o Orçamento até a meia-noite do dia 22. Se não votar, vai ficar para o ano que vem, pois não vai haver convocação extraordinária no recesso”, disse durante entrevista coletiva.
Na opinião de Vaccarezza, um possível adiamento não prejudicará a presidente Dilma Rousseff. “A presidente tem grande capacidade administrativa.”
Até lá, a prioridade do governo é votar, já na terça-feira (13), o projeto que cria o fundo de previdência complementar do servidor público federal (PL 1992/07). Mesmo com a possibilidade de obstrução da pauta pela oposição, Vaccarezza disse que vai trabalhar por essa votação…”
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