KISS. O que afirmou, meeesmo, o prefeito Schirmer a ‘O Globo’? E também, diga-se, não foi o único a falar
É possível, sempre é possível, se extraindo o contexto, ter uma visão equivocada das palavras publicadas pelos jornais. E também pela internet. É preciso conceder, sempre, o benefício da dúvida.
Diante disso, e para facilitar o julgamento do leitor, acompanhe trecho da reportagem d’O Globo que se refere especificamente à prefeitura de Santa Maria. O material, assinado por Flávio Ilha, se refere aos seis meses da tragédia da Kiss e que resultou nas manifestações, pra lá de contestadas, do prefeito Cezar Schirmer. Acompanhe o texto a seguir:
“Seis meses depois, vítimas da tragédia de Santa Maria esperam por indenizações…
…Na semana passada, o Tribunal de Justiça concedeu uma liminar determinando que os réus no processo da Kiss arquem com as indenizações referentes à tragédia — o que, na prática, poderia determinar a execução dos bens bloqueados para pagar os ressarcimentos. Mas a decisão excluiu despesas com funerais e tratamentos, por considerar que elas fazem parte da ação coletiva que está tramitando.
O prefeito Cezar Schirmer se defendeu dizendo que muitos pais de vítimas do incêndio pagaram os funerais e obtiveram nota fiscal em nome de pessoas físicas, que não podem ser ressarcidas pela prefeitura. Ele também negou que houvesse prometido ressarcir os gastos das famílias com suas vítimas.
— É ilegal. Não posso pagar uma nota fiscal para um contribuinte comum. A troco de quê? — perguntou ele.
Segundo Schirmer, as famílias carentes receberam ajuda da prefeitura, mas o governo federal não repassou verbas ao município:
— Não recebemos nada de recursos federais, e eu não vou pagar enterro para rico, é claro que não. Não havia nenhum compromisso.
Ele atribuiu as informações sobre falta de pagamentos de despesas com funerais a “denúncias falsas motivadas por jogo político”.
Prefeitura: governo federal não ajudou
A secretária de Finanças de Santa Maria, Ana Beatriz Barros, disse que a prefeitura não recebeu “nenhum tostão” de ajuda do governo federal para ressarcir as despesas com tratamento das vítimas. Segundo ela, vários enterros e velórios foram pagos pela prefeitura — até mesmo para famílias que não se enquadravam no critério de vulnerabilidade econômica. A secretária, entretanto, não soube informar quanto o município gastou.
A prefeitura de Santa Maria também pediu ao Ministério da Integração um ressarcimento de R$ 1,6 milhão gastos com a estruturação do Centro de Acolhimento, para tratar os sobreviventes e familiares das vítimas. A prefeitura também pedia a compra de um prédio na cidade para instalar o centro. Ontem, o ministério negou a ajuda alegando que um projeto de “reconstrução de pessoas” não era atribuição da pasta. O ministério diz que se preocupa em reconstruir a infraestrutura das cidades…”
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Tudo se justifica, a não presença constante com os parentes das vítimas, o não acompanhamento dos absurdos orquestrados pelos seus aliados, a não observância da fraternidade para com todos envolvidos na tragédia. Uma ação mais pró ativa. O que vejo é muita justificativa e pouca ação prática. Quando tentamos justificar de mais é pq no fundo nos sentimos um pouco culpados.
O fragmento em si isolado era pesado. Mas o texto completo não absolve ele, pelo contrário, deixa a posição dele mais feia ainda. Abriu o bico deliberadamente, achando que por se tratar de um jornal carioca, a coisa não ia estourar aqui. (Parece absurdo, mas ele é sem noção à esse ponto)
Aranha… são contribuintes COMUNS, normais… para ele a Kiss foi algo comum, vítimas e parentes não merecem tratamento especial… para pagar certas contas fazem ginásticas complicadas.
O Zinn foi exonerado?
Alegar falta de repasse federal, notas fiscais que não estão no nome da prefeitura…
Abre uma verba extra-orçamentaria,(ou outra coisa qualquer) e ajude à pagar,
Depois, vamos ver, como devolver este dinheiro.
Falta total de enfrentamento da realidade, do dia-dia..das famílias, amigos
Que lembram todo o dia..
Dos acontecimentos..
É uma administração tão passiva, insensível e negligente, que não sabe nem cobrar das outras instâncias. Pede pra sair.
“— É ilegal. Não posso pagar uma nota fiscal para um contribuinte comum. A troco de quê? — perguntou ele.”
Um POETA… Contribuinte COMUM?
A TROCO de quê?
Sensibilidade e vocabulário nota ZERO!
E o governo federal e estadual nada? ai fica fácil cobrar…
Pelo que ouvi falar, grana prometida pelo governo federal para as instituições de saúde também não veio.