KISS. Proprietários, Bombeiros, Prefeito, Músicos, Servidores Municipais, MP, Tarso. Nesta ordem exata
Se há um mérito (e há vários outros) na pesquisa do instituto Methodus, encomendada pelo grupo RBS, este é o de desmascarar o discurso de uns e outros, que se consideram absolutamente inocentes de tudo. Não é o que pensa a sociedade de Santa Maria, de resto pra lá de doída e querendo reagir de alguma maneira – mas não vê, na liderança da comuna, capacidade para fazer o que dela se espera. E que não é, decididamente, dizer que não tem culpa e jogá-la para os outros.
Sim, há responsabilidades compartilhadas. Mas sim, também, há quem, no entendimento da população, tem maior e menor responsabilidade pelo que aconteceu no fatídico 27 de janeiro. Abaixo, você encontra o “link” para conferir a íntegra da pesquisa. Agora, acompanhe o texto que abre o material publicado no jornal Diário de Santa Maria desta semana – e, a partir dele, você pode ler todos os outros, se assim desejar. Confira:
“Enlutada, Santa Maria quer reviver
Passados seis meses do incêndio na boate Kiss, Santa Maria ainda é uma cidade em luto, dilacerada pelas mortes de 242 jovens e marcada pelo sentimento de impunidade. Mas também é uma cidade pronta para reagir e para recomeçar. No sábado, no domingo e na segunda-feira passados pesquisadores do Instituto Methodus saíram às ruas do município para saber como está e o que pensa a população sobre o desfecho da maior tragédia da história do Rio Grande do Sul.
Uma das principais conclusões aponta a percepção popular sobre quem, afinal, seriam os maiores responsáveis pelo episódio, independentemente do resultado das investigações.
Para a maior parte dos entrevistados, o primeiro lugar na lista cabe aos proprietários da casa noturna, seguidos do Corpo de Bombeiros e do prefeito Cezar Schirmer (PMDB), isentado pelo Ministério Público (MP). Na avaliação da maioria, eles seriam mais responsáveis pelo episódio do que integrantes da banda Gurizada Fandangueira e servidores municipais.
Seiscentos entrevistados participaram do levantamento – o primeiro desde a madrugada de 27 de janeiro – encomendado pelo Grupo RBS para aferir o que os santa-marienses pensam sobre o episódio meio ano depois. Durante o trabalho, os entrevistadores enfrentaram uma situação pouco comum em pesquisas de opinião…”
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A RBS deveria se envergonhar de encomendar uma pesquisa altamente tendenciosa… Num Universo de 280 mil Habitantes, apenas 600 pessoas entrevistas e destas 424 (70%) tiveram um familiar ou amigo envolvido… Essas pessoas estão com as feridas da tragédia aberta, o emocional ainda está altamente abalado e talvez nunca volte ao normal!! Isso é um absurdo demagógico para aumentar o clima de tensão, mudando o senso de JUSTIÇA por JUSTIÇAMENTO ou VINGANÇA ou aproveitamento político!!! Fazer acreditar que o Prefeito teve mais culpa do que os indivíduos provocadores do acidente, que atearam fogo boate! É demais…. é como se eu fosse acender o fósforo na boca do tanque de combustível em um Posto de gasolina e querer culpar o proprietário ou outro órgão!!! Ou ainda, que os Funcionários responsáveis por vistoriar e assinar os alvarás tenham menor culpabilidade!!! É preciso usar antes a razão, ter senso racional.
Atenciosamente
Adelmo
Pesquisa encomendada, para dividir, para confundir, pesquisa feita com segundas intenções, pesquisa comprometida com partido político. Deveríamos sim,pensar em somar e não dividir. Como levantar a auto estima dos santamarienses se os meios de comunição puxam para baixo, onde deveriam sim ser menos tendenciosos e pensar no coletivo. Será que estão sem dinheiro?
Com todo respeito a dor dos parentes das vítimas, esta na hora de começar a processar os meios de comunicação e quem acha que democracia é liberdade absoluta,quem insistem em iludir essas pessoas e confundir a opinião pública, calunia e difamação, achar culpados a qualquer custo é um absurdo e só aumenta a dor das pessoas. Se algum servidor do município tivessem um milímetro de rabo para ser pego nesse caso já seria massacrado, estaria na cadeira elétrica, parem de falar bobagem. Querem de falar de custo político tudo bem, mas insistir que servidores são culpados, com todo respeito “vão planta coquinho “…
Confirmado. Assim pensa o POVO. Não haverá lei que absolva eternamente aqueles que o povo identificou como responsáveis. A legislação, os extremos cuidados do MP (diga-se, sempre questionáveis pela população, em razão da percepção de proteção a alguns; inclusive proteção interna corporativa)e a finalização da justiça “COMO SATISFAÇÃO À SOCIEDADE”(apontando uns e outros culpados) mas que nunca será do tamanho proporcional à perda de tantas pessoas num único episódio. Episódio gerado pela irresponsabilidade de quem em tese está a serviço do cidadão, ou o representando politicamente (Afinal qual é o verdadeiro papel dos vereadores? O que fizeram na época da definição do Plano Diretor/Posturas e depois na sua fiscalização?) ou nas atividades/funções de gestão (Governar é apenas cobrar impostos/taxas e arrumar jeitinhos para os amigos, não tendo-se nenhuma responsabilidade pública?), ou nas atividades duvidosas de empreender (Empresários sem qualificação para atuar/festeiros), e o Estado federativo que acaba sendo um complexo de governo muito semelhante ao que acontece nas comunas municipais (Não consegue dar conta das suas atribuições mínimas; entre elas a atuação de um corpo de funcionários aptos, bem pagos e com equipamentos para socorrer o cidadão; seis meses depois o que mudou no Corpo de Bombeiros do RS? O Mercado Público em P. Alegre por muita sorte deixou de ser outra tragédia anunciada). Sono tranquilo para estes: NUNCA MAIS.
Que louco este gráfico, mostra bem quem o povo enxerga como responsável.
Eu trocaria os bombeiros com os músicos e empataria o Schirmer com os funcionários dele, juntaria num só grupo… para esclarecer, traria os funcionários para junto do Schirmer! Na frente dos bombeiros, pois se alguns deles tiveram culpa, os que foram no dia 27 de janeiro salvar atenuam a responsabilidade. Teve bombeiro omisso, que já está respondendo, mas tivemos heróis.