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Vereador. Mandato concedido pelo eleitor é emprego? Ou “um extra na vida da gente”?

A vereadora Magali Adriano, que é professora (e diretora de escola municipal), declarou à repórter Jaqueline Silveira, do Diário de Santa Maria, que “a política tem de ser um extra na vida da gente. Temos de ter uma participação nela como cidadão, não como uma profissão”. (Confira, no final do texto, a sugestão de leitura)

 

É uma opinião ponderável, penso. No entanto, colide com a realidade. A política é, para muitos, uma profissão. E a própria Câmara é exemplo eloqüente. Mesmo quem tem formação, e poderia estar no mercado, opta por ser apenas edil. E não há crime nisso. Muito pelo contrário. Pessoalmente, nada tenho contra quem vê, na política, uma forma de garantir a sobrevivência.

 

Problema há, e é dos grandões, quando isso significa (e também não é raro) colocar a “profissão” acima dos princípios que nortearam a eleição. Isto é: o político, que inclusive não precisa ter mandato eletivo para exercer suas atividades com profissionalismo, e ser remunerado por isso, não pode é fraudar o seu “patrão”. E faz isso quando age demagogicamente, simplesmente para agradar um ou outro setor específico, sem considerar o todo. Ou quanto simplesmente troca de patrão, a pretexto de vantagens. Sejam ou não devidas.

 

É, resumindo, indiferente ao cidadão, se quem ele elege tem fontes de renda adicionais aquelas inerentes ao cargo. Fundamental é sua ação “em serviço”. O resto… bem… é o resto. Desde que não seja criminoso. E aí está o busilis, percebe-se a uma simples leitura do noticiário político nacional.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira a reportagem “A vida além da Câmara”, assinada por Jaqueline Silveira e publicada pelo Diário de Santa Maria.

 

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