POLÍTICA. Um novo secretariado vem aí. E os primeiros nomes saem nesta semana, diz Schirmer
A relação do prefeito Cezar Schirmer com o PDT está “ótima, como sempre esteve”, disse o próprio. O que permite ao editor do sítio deduzir que o espaço do partido de Marcelo Bisogno, presidente da Câmara, está garantido – mesmo com as divergências, que aliás o prefeito nega, entre as siglas da base aliada no parlamento (sobre isso, especificamente, confira na nota anterior, imediatamente abaixo).
Essa é apenas uma das questões colocadas e respondidas por Schirmer numa muito boa, para não dizer excelente, entrevista publicada na versão online do Diário de Santa Maria. Bastante resumida na versão impressa, vale a pena ler. Inclusive porque dá um indicativo do que pode vir por aí, embora sem qualquer nome ainda divulgado para o novo secretariado.
No entanto, Schirmer afirma ao repórter Marcelo Martins que os primeiros devem ser divulgados, sem precisar uma data, ainda nesta semana. É importante saber o que, afinal, está pensando neste momento o prefeito de Santa Maria. Inclusive sobre temas não lidos na edição que foi entregue aos leitores e assinantes do DSM. Confira, a seguir, um trecho:
“‘Esta semana começo a divulgar os nomes’…
… O prefeito Cezar Schirmer (PMDB) admite que a tragédia abalou o andamento da administração municipal e, por consequência, adiou o começo de algumas mudanças. Entretanto, o peemedebista avalia que é chegada a hora de recomeçar. Leia a entrevista abaixo.
Diário de Santa Maria – Qual a avaliação que o senhor faz da ocupação do Legislativo (que ocorreu de 25 de junho até o último dia 1º)?
Cezar Schirmer – A legalidade deve ser o princípio norteador da vida em comunidade. A ilegalidade, quando ocorre, não deve ser aceita, pois é assim que se constrói uma sociedade permissiva. Hoje, invadem a Câmara, e tem gente que acha bom, justo e bonito porque não gosta da política ou dos políticos. E quando invadirem um parque, a sua casa ou sua empresa, o que dirão? Uma sociedade deve ser baseada em valores e um dos mais importantes é o império da lei. Esta invasão articulada por partidos políticos é mesma que ocorreu em Porto Alegre, Rio Grande, Passo Fundo, São Leopoldo. É uma lástima.
Diário – Como o senhor avalia os protestos e as críticas direcionadas a sua pessoa ou a administração municipal?
Schirmer – As críticas são sempre bem vindas, pois ajudam a melhorar ou corrigir. Eu convivo bem com isto, porque tenho uma história de respeito à democracia. Há, no entanto, às vezes, exagero nos adjetivos, pela exacerbação política, e críticas destrutivas. É o conflito pelo conflito. No geral, as pessoas separam uma e outra e sabem que, para crescer e melhorar, é necessário conjugar mais os verbos somar e multiplicar do que dividir e diminuir.
Diário – Como o senhor avalia os desdobramentos do caso da ocupação, principalmente em relação à exoneração do procurador e presidente do PMDB local Robson Zinn?
Schirmer – Foi uma ação de natureza político-partidária e a única participação que tive em todo este processo foi pedir ao Zinn que colaborasse na construção de uma solução, mesmo com o seu sacrifício pessoal diante do quadro montado de agressividade, invasão e intolerância. Seu gesto deve ser reconhecido.
Diário – Como está a sua relação com a Câmara e como analisa uma espécie de racha que ocorreu entre os partidos da base governista, com críticas declaradas do seu partido (comando do PMDB e local) com o Marcelo Bisogno?
Schirmer – Sempre de respeito e de reconhecimento, pois não há na vida pública função mais difícil e mais próxima do cidadão que a de vereador. Quanto à divergência interna entre os partidos que compõe a Câmara, isto é absolutamente natural, aqui ou em qualquer lugar no planeta. Não há racha. Houve, há e haverá sempre divergências, pois isto é natural e próprio da vida, da democracia e do parlamento…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
Schirmer – Foi uma ação de natureza político-partidária e a única participação que tive em todo este processo foi pedir ao Zinn que colaborasse na construção de uma solução, mesmo com o seu sacrifício pessoal diante do quadro montado de agressividade, invasão e intolerância. Seu gesto deve ser reconhecido.
Schirmer continua a chamar de invasão aquilo que foi uma ocupação!
Ele insiste em tratar a “ocupação” como “invasão”, num jogo de palavras sórdido e rasteiro a fim de criminalizar um ato legítimo, pois, até onde se sabe, a câmara é a “Casa do Povo”. Ou não é ? Acho que não é mesmo…a muito tempo ela, juntamente com a prefeitura, viraram duas grandes latas de lixo !!!