ANÁLISE. PMDB de Santa Maria na corda bamba. Divisão interna vai além da saída de Robson Zinn
É possível, aliás, bem provável que a saída de Robson Zinn, numa decisão “pessoal e particular, e sem consultar ninguém”, como ele declarou a interlocutores deste repórter (o presidente licenciado do PMDB não tem falado com a imprensa) seja o alimentador de uma crise de final ainda imprevisível naquele que, hoje, só tem rival no PT em Santa Maria – no número de militantes e filiados.
O partido está na corda bamba. Liderada provisoriamente pelo segundo vice-presidente, Ricardo Bassi, que representa a juventude do PMDB na executiva, a agremiação vai escolher uma direção permanente apenas em 19 de outubro. Até lá, muita discussão interna haverá.
O editor consultou algumas pessoas que conhecem o partido. Para começar, todas preferem o anonimato. Depois de muito insistir, é possível obter alguma coisa parecida com informação. É muito mais “eu acho” do que “eu penso”. É uma quantidade infinita de “não sei como será”. E apenas uma certeza: goste ou não, Cezar Schirmer, o prefeito e comandante óbvio, é que será, mais que o fiel da balança, a mão que colocará o peso inteiro nela.
Já há 10 dias, quando Zinn convocou a Executiva para tratar da relação com o PDT, existem relatos de pressão implícita para que não houvesse quórum – o que só aconteceu por detalhe. Nomes históricos, entre eles pelo menos um ex-presidente, sequer compareceram. Existe quem diga que um dos ausentes sonhava com uma vaga (que não levou) no secretariado.
Na Câmara, o sempre rebelde João Carlos Maciel, como este sítio REGISTROU, via coluna “Observatório”, faz discurso que mais parece de oposição. Ou, benevolamente, protagoniza o conhecido “fogo amigo”.
A crise é maior do que se percebe nas páginas dos jornais ou nos comentários radiofônicos. E só há uma pessoa capaz de resolvê-la, nem que seja a aprofundando. Ele mesmo, o prefeito. Para simplificar: como disse uma fonte bastante próxima ao Palacete da SUCV, será como era “antes do (Robson) Zinn”, que se elegeu a primeira e se reelegeu contra a vontade de Schirmer”. Como? “Simples: o novo presidente será quem o prefeito quiser”. É? Então, resta saber quem ele quer..
Atenção: parece que falta muito, mas não é o caso, em política. São apenas 50 dias, até que a convenção municipal decida o futuro próximo do PMDB santa-mariense. Aguardemos, portanto.
EM TEMPO: há quem diga que o partido, leia-se Cezar Schirmer, busque algum histórico na sigla, para comandar, junto com o prefeito, a transição para um futuro que ninguém conhece. Ainda mais que potenciais nomes, alguns deles emergentes, noves fora João Carlos Maciel, caíram em desgraça nos últimos tempos junto à opinião pública. Ou com a Justiça Eleitoral.
EM TEMPO 2: para ter uma ideia do que alguns dizem publicamente, é interessante recolher as palavras oferecidas ao jornal A Razao, em sua edição desta quarta-feira, para perceber a confusão intestina em que está metido o PMDB.
Confira as DECLARAÇÕES, acerca dos episódios que culminaram com o pedido de licença de Robson Zinn:
Martha Zanella: “Estamos em uma situação delicada na cidade, e uma afirmação destas é grave e gera consequências”.
João Carlos Maciel: “Acho que aconteceu o inesperado nas relações entre o Zinn, na sua relação com membros do partido, em nível de parlamento, executiva e diretório do partido, algo fracassou nestas relações”
Maria de Lourdes Castro: “É uma repercussão negativa”
Ora está claro tudo isso. O desgaste do prefeito não poderia recair apenas nele, era preciso arrastar seus desafetos dentro do partido, jogá-los na vala comum em que se encontram os do palacete. Aliado a isso uma pressão por parte do ex procurador em assumir um posto no primeiro escalão da prefeitura. Também era preciso silenciar aquele que era mais barulhento e deixar exatamente como o prefeito quer, tudo no silêncio, como ele vem preservando. Nesse propósito, o nosso prefeito usou uma arma que ele sempre guardou na manga: Marcelo Bisogno, que fora acionado depois de uma conversa de orelha com o próprio Schirmer. Resumo da ópera, implodiram o Robson Zinn para o grupo do Schirmer dominar o PMDB.
Não estou aqui para defender O Zinn,mas isto tudo em cima dele é ARRUMAÇÃO do Schirmer para esquecerem da CULPA dele como sindico no episodio de janeiro que CEIFOU 242 jovens,pensem um pouco….
Concordo com Márcio Dutra, às coisas parecem bem graves, com as atitudes á CMVSM.
quanto ao outro..tem o ditado “Na época do plantar, você pode escolher o que semeia, mas com certeza, colhera o que plantou”
Zinn, abre a caixa de ferramentas!
Qual será o fim do Zinn?
Politicamente qual partido poderá amparar a ele? Qual político lhe contatara no futuro?
Dr. Zinn perdeu o embate com o Presidente da Câmara e o controle da bancada governista, foi abandonado pelo prefeito e agora pelo PMDB.
Esse prato ele vai comer frio? Ano que vem teremos eleições.
Esta situação extrapolou os limites partidários. As acusações feitas pelo então presidente do PMDB foram sobre possíveis crimes cometidos por agentes públicos. Espero que a CMVSM, que já solicitou cópia das gravações à polícia civil, saiba tratar esta questão com a devida responsabilidade que a gravidade do fato requer.
OHHH! Se foi o Robson Zinn… oh se foi!