OS NÚMEROS. Prefeitura fala em racionalização de gastos. Mas conta não fecha só com redução de CCs
Uma reportagem assinada por Marcelo Martins, na edição desta segunda-feira, com um LEVANTAMENTO sobre a situação financeira de 39 municípios da região, inclusive Santa Maria, dá conta das dificuldades enfrentadas pelas comunas para fechar as contas – com a queda dos repasses federais.
Mas… Mas, no caso da boca do monte, a conta simplesmente não fecha. Confira o trecho referente a Santa Maria, e em seguida o pitaco claudemiriano:
“Maior e mais rico município da região, Santa Maria, com orçamento anual de R$ 487,7 milhões, também foi afetada pela queda da arrecadação. A projeção da prefeitura é que não receba o repasse do FPM de R$ 54,3 milhões.
Para reduzir gastos, o Executivo extinguiu 43 CCs, mas afirma que o corte não afetará serviços públicos ou obras em andamento. Porém, não deve ser lançando nenhum concurso público tão cedo.”
Também no material produzido pelo DSM, num quadro, a prefeitura INFORMA: “Foi adotada uma política de racionalização de gastos Conforme o Executivo, não há nenhum comprometimento na prestação de serviços públicos”.
PITACO CLAUDEMIRIANO. Tem algo errado aí. E não tem nada de política no raciocínio. Apenas e tão somente a antiga e sempre atual aritmética. Essa é imutável. A Prefeitura não é clara: apenas dá conta que, R$ 54,3 milhões aguardados, vieram R$ 29 milhões até julho. Mas é possível fazer uma continha simples. E ela aponta que, a manter-se o mesmo ritmo de repasses (o que é mais provável) a redução total, no final do ano, será R$ 5 milhões. Isto é, em vez dos R$ 54,3 milhões, a comuna receberá R$ 49,3 milhões.
Pois bem, nem com todo o rebanho vacum gaúcho tossindo, o corte de CCs vai resolver. Nem cócegas fará. Estaria o editor inventando? É, então confira um trecho de reportagem da assessoria de imprensa da Prefeitura, PUBLICADA no sítio da municipalidade em 28 de junho, exato dia da sanção da reforma administrativa:
“…Cargos de Confiança e Funções Gratificadas: reduzidos 43 cargos, o que significará uma economia anual de R$ 800 mil aos cofres públicos…”
Fazendo as contas, cá entre nós bem simples, a ceifa de menos de meia centena de cargas permitirá que o deficit caia para R$ 4 milhões/ano.
A pergunta é: onde acontecerão, de fato, e não apenas no discurso, os cortes, também apelidado de “racionalização de gastos”? Ou a perda não é tão grande assim? Hein?
Pra quem tropeça e cai em pleno calçadão;
Pra quem trafega pelas ruas da Boca do Monte;
Pra quem transita pelas estradas do interior do município;
Pra quem necessita de atendimento de saúde nos postos da prefeitura;
Pra quem vê as dezenas de obras municipais inacabadas;
Pra quem vê os secretários dando somente desculpas nas entrevistas,
Estes sabem exatamente onde vem sendo feito os cortes.
Só bobo pra acreditar que a “racionalização de gastos” seria justamente com os apadrinhados
Fundo de participação dos municipios é imposto de renda e IPI. Uns 60% é IPI. Governo dá incentivo a determinadas áreas e reduz o FPM. Não existe garantia nenhuma que o governo vai deixar de dar incentivos como quem tira coelho da cartola.
Que saiu ja voltou. Só teve um final de semana sem emprego…deve afetar uns 10% da renda, pois nao receberam 3 dias. Só isto. BAITA economia !
Isso é conversa prá dar dois resultados importantes para o governo. Primeiro não terão arrecadação e isso é culpa do Governo Federal (Dilma – PT) e depois surge o dinheiro como que num passe de mágica e as glórias são para a Secretária Beatriz e suas táticas de arrecadação que salvarão o município da ruína.
Quem anda no Centro Administrativo, prá não ir mais longe, percebe as mesmas caras e o pior novas caras, isso significa que não reduziu os CCs. Então devem ter cortado só os FGs, caso contrário vai ter gratificações a faltando prá tanta gente.