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REFLEXÃO. Santa Maria está sem rumo. Há saída, mas só com união de todos e um prefeito que lidere

A primeira coisa a fazer é constatar o óbvio: a cidade está sem rumo. A segunda é se dar conta de que não há como sair dessa situação sem que sejam convocados todos. Mas todos meeeeesmo. Inclusive a oposição, e não apenas ela.

Há outras questões, várias outras, mas que dependem, também e sobretudo, de perceber que se trata de um problema insolúvel enquanto se mantiver o atual quadro e, por exemplo, achar que as manifestações públicas são causa, e não efeito. A razão é outra e as suas decorrências também.

Quem pensa assim? Um deles é este editor, que é apaixonado por essa cidade que o acolheu há 36 anos. Mas não é o único, nem o mais capacitado (reconhece) a fazer um diagnóstico e propor soluções. No entanto, encontrou agora alguém que pensa, senão igual (que isso também não é necessário neste momento), de forma muito semelhante. Trata-se do advogado, professor, militante político, ex-vereador e ex-candidato a prefeito e com uma credibilidade que o faz transitar bem entre os gestores, os atores sociais e os líderes empresários (atua na Cacism há um bocado de tempo).

Vale a pena conferir o que Sérgio Blattes (ele é o cara) escreve no seu blogue. E levar a sério. Do contrário, ficaremos vegetando por muito tempo ainda, sem que a comunidade possa suportar. No final, inclusive, e vale a pena transcrever antes de tudo, ele brada: “senhor prefeito, chame a sociedade, conclame os partidos, inspire-se em Tancredo Neves, que para um bem maior aceitou transigir. Busque exemplo em Itamar Franco, que sem a liderança natural, contruiu um governo ponte praticamente sem opositores e sem maior necessidade de dar para receber”.

É por aí. Acompanhe, agora, o texto original:

Santa Maria não pode ficar à deriva

O Município de Santa Maria, após a catástrofe de 27 de janeiro, submergiu administrativa e politicamente. A cidade esperava que suas lideranças a conduzissem, tal qual Moisés, pelo deserto que viria pela frente, mas foi deixada à sua própria sorte.

Há uma frase de Quintilhano que diz tudo, “aquele que está indeciso em começar é lento a agir”. O chefe político não soube liderar, foi indeciso em começar e lento no agir. Terminou atraindo, por isto, sobre si a ira dos desafortunados abandonados à própria sorte. Passaram-lhe a atribuir uma culpa que é duvidosa. Houve arrogância, típica daqueles que julgam que tudo sabem. Digo melhor usando emprestada uma frase de Epíteto, “É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe”.

O chefe do executivo  abdicou de liderar, foi indeciso em começar e manteve seus ouvidos surdo aos conselhos e agudo aos elogios. Tratou de demonstrar que os fatos não eram da responsabilidade municipal e sequer montou um gabinete para gerenciar a crise que se instalou. A administração municipal ficou neutra. O Legislativo foi igualmente tíbio como instituição.

A lentidão em assumir liderança criou um caldo de cultura de  insatisfação generalizada, mais do que isto de indignação. Liderar não é fácil, não basta ter o poder. Em momentos de crise até mesmo chefiar exercendo o poder torna-se tormentoso. Há que ter ideias, pulso firme e capacidade de gerar confiabilidade…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

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12 Comentários

  1. O que tem a ver o Blattes ter sido candidato a prefeito,e ter perdido à eleição???? Por isso,ele não pode mais dizer o que pensa????
    Pelo menos ele perdeu e não se candidatou mais,tem coerência,inteligência,cultura, no que diz e no que faz,não é como o Schirmer,que perdeu e tentou de novo, e de novo(segundo mandato), e está sendo este atraso para a cidade,está sendo como o Lula,que tentou tanto, e acabou sendo o que foi…..
    Qual o problema o filho dele ser PT????Isso atrapalha, a administração municipal????
    Tenho certeza que não,pois se atrapalhasse,não teria tanto PT,com CC e FG na prefeitura!!!!!
    Parabéns,Dr.Blattes,por suas sábias palavras…

  2. Meu Deus, como pode o Sergio Blattes ainda andar solto por nossas ruas? Ele deveria estar preso e incomunicável. Afinal, se candidatou a prefeito uma vez e pior, tem um filho com ligações com o PT. É o fim do mundo!!!!! Ter que aguentar isto é de lascar….

  3. Aqui nada floresce, basta ver os passeios públicos, as praças, os canteiros das ruas, é tudo mal cuidado, feio, sujo. Pode servir como analogia ao desenvolvimento desta cidade, pouco coisa floresce, nem a câmara de vereadores nova, nem a obra lá no Farrezão vai para frente. Agora temos uma cidade abandonada á própria sorte, ou azar.

  4. Novamente os desprovidos de neuronios, tentar confundir, ação penal com 242 certidões de óbitos, com fichas partidarias(Éverton Maciel).
    Convenhamos, o editor poderia ser um pouco mais rigoroso nas liberações.
    De 1,0 à 10,00, quem não tirar, 2,0, roda. (NOTA DO SÍTIO – se há algo que o editor deste sítio preserva é seu caráter democrático. Se não for pessoalmente ofensivo, nem divulgar fato caracterizado como passível de crime, é publicado. Delito de opinião não é punível – pelo menos não aqui)

  5. Muita gente querendo valorizar o passe. Para grande parte da população, a Camara de Vereadores e a prefeitura influi muito pouco no dia a dia. Os problemas estão aqui, mas as soluções não.
    Sérgio Blattes não é aquele vereador que tentou a prefeitura uma vez e ficou em terceiro lugar? Não tem um filho com fortes conexões com o Partido dos Trabalhadores?

  6. O Prefeito não abdicou de liderar. Ele, neste período pós tragédia, trabalhou muito. Talvez tenha trabalhado como nunca, mas não como a cidade esperava.
    Trabalhou pela defesa de seu governo, do espaço político de seus aliados e pela sua biografia. Contou com a ajuda preciosa da base governista na Câmara de Vereadores que também lutou muito na defesa do governo Schirmer. O prefeito liderou, orientou, determinou, mas tudo pensando em seu governo. Somente no seu governo. Santa Maria foi deixada em segundo plano, justamente por aquele que deveria zelar pela cidade.
    Não digo com satisfação, mas faltou, e muito, estatura política e administrativa para o Prefeito.
    Será o prefeito o elemento catalizador de um novo momento para a cidade? Tenho dúvidas.
    Resta saber se Santa Maria suportará ser conduzida não por um LÍDER, mas por um político opaco.

  7. Já explanei minha opinião sobre o tema algumas vezes. Para a cidade sair da apatia atual é necessário sim, como dizem o Blattes e o Claudemir, uma união de todos.
    Mas, para mim, há uma coisa que deve acontecer antes de tudo. É o povo, os familiares e amigos das vítimas terem a certeza de que a morte de 242 pessoas não foi em vão. Houve uma fatalidade? Houve. Falhas que possibilitaram a tragédia? Houve também.
    Então, o mínimo que se pode esperar é que TUDO seja esclarecido e corrigido. Para que tenhamos a certeza de que nunca mais teremos uma “Kiss” em nossas vidas. Nem se trata de jogar este ou aquele aos leões. Trata-se de identificar as falhas e corrigi-las. E se alguém neglicenciou no seu dever de servidor público, tem que pagar sim.
    Montaram uma CPI para debochar da sociedade. Salvo a Polícia Civil, das outras instâncias não vieram os apontamentos necessários.
    Sinto em dizer isto, mas enquanto perdurar esta sensação de impunidade e de que a morte de tantos jovens não servirá nem para corrigirmos as possibilidades de falha, será muito difícil uma retomada do ânimo necessário para fazer nossa cidade, pelo menos, voltar a ser o que era até o dia 27 de janeiro passado.

  8. “não são as ervas más que afogam a boa semente, e sim a negligência do lavrador.”
    No caso, a inoperancia, e falta de enfrentamento do alcaide.

  9. Claro está que, quando tudo é maquiagem e simulacro de administração, as citações de grandes líderes e pensadores não surtem efeito.

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