SAÚDE. Um retrato do atendimento público básico. E vamos combinar: não é quadro exatamente animador
Antes de mais nada, os créditos. Eles vão para Fabiano Bohrer, Camila Joras, Bruna Maria Severo de Moura e João Pedro Lamas. Todos, até onde vai o conhecimento do editor, estudantes de jornalismo da Unifra. O texto a seguir, que no original tem um conjunto de fotos bastante interessante também, foi publicado originalmente na Agência CentralSul, do Centro Universitário Franciscano.
Para não fazer muitas considerações, basta que se diga que o pessoal foi fundo, e a reportagem, ao final, merece receber este nome. Confira você mesmo, inclusive, lá embaixo, um linque para o vídeo realizado. A seguir:
“Como está o atendimento público da saúde em Santa Maria?
Santa Maria está para receber mais hospitais, o que amplia o número de leitos para internação e cirurgias em 80%. Em até 10 anos, dos atuais 794 leitos, a cidade passará a 1.471. São 677 espaços a mais para internação. Os atendimentos de graça à população via Sistema Único de Saúde (SUS) serão reforçados com quase o dobro de espaços, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. Enquanto isto é comemorado como um avanço para a saúde pública, o Poder Público ainda estará longe de ver resolvido o drama da saúde na cidade. Entre Município e Estado, discursos diferentes mostram que a política da saúde precisa ser afinada.
A coordenadora da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), Ilse Mello, ressalta que os hospitais são um ponto de uma rede, mas não a única opção. “Há toda uma rede de serviços anteriores que têm de funcionar bem”, afirma. Dessa forma, ela relata que o governo do Estado aposta na ampliação dos serviços de atenção básica à saúde, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS), especialmente no programa Estratégia Saúde da Família (ESF), como forma de evitar internações que, em muitos casos, poderiam ser evitadas. Hoje, apenas 30% da população de Santa Maria pode contar com cobertura do ESF e dos agentes comunitários de saúde, que acompanham as comunidades e orientam para evitar que doenças ocorram ou se agravem. Em 2012, um levantamento da Secretaria Estadual da Saúde mostrou que metade das internações via SUS na cidade poderiam ter sido evitadas se os pacientes tivessem sido tratados na atenção básica, informa Ilse.
Como a população é atendida?
Segunda-feira. Ainda é cedo no posto de saúde Floriano da Rocha, na zona oeste de Santa Maria. São 8h da manhã, mas há quem já está aqui há mais tempo. O movimento inicia antes de o sol nascer. Marilene Castro acompanha sua mãe para fazer um agendamento médico com um clínico geral, junto com elas cadeiras e um cobertor, pois sabe que vai ter que esperar.
A distribuição das senhas inicia às 8h30min. Mas esta é só uma garantia de que vai conseguir marcar a consulta com um dos quatro médicos que atendem no local. O preenchimento das fichas para agendar o atendimento é a etapa mais demorada, são dois recepcionistas. Somente perto do meio dia é que a fila desaparece.
Marilene foi uma das entrevistadas pela equipe da RBS TV sobre a situação da saúde em Santa Maria. Coincidentemente, nesta semana, ela estava de novo à espera de uma ficha para o agendamento e nossa equipe a entrevistou: “cheguei às seis horas da manhã, neste frio, com a mãe, e ninguém avisou sobre a fila para idosos. Fiquei até agora esperando…”
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Pena que essa galerinha depois entra em certos conglomerados de comunicação e tem o seu potencial esvaziado, via lavagem cerebral. Fica só a casquinha neoliberal.
E outra- a foto que ilustra esta reportagem(também no portal Bei)é de uma unidade básica de saúde. Um misto de “puxadinho”, construído com tudo do que é mais barato . é só reparar nas fotos. Equipamentos , móveis, espaços. Tudo com jeitão de amontoados,para dar “condições” aos profissionais e ao populacho saúde de primeiro mundo. Aliás tem um chanceler que adora um “puxadinho”. Mas este, em foco, foi feita às pressas, na administração que idolatrava o Sr. Lulla.
Buenas, eu tenho um relato bastante completo sobre uma unidade básica de saúde. Qualquer dia desses tomo coragem pra relatar neste sítio.
Sinceramente, Claudemir, não dá mais vontade de falar nos problemas da cidade nessa desadministração do Xirme/Farret: tá tudo um caos, um lixo, suja, abandonada, e o reizinho fazendo festa com os espanhóis, a cidade perdendo verbas federais e estaduais por pura incompetência/incapacidade de, sequer, elaborar projetos ou administrar as obras.
Onde anda nosso piguinho (o PIG santamariense)? Tá tudo dominado/comprado (com as raras exceções)?
É nisso que deu a eleição e reeleição dessa dupla: eles não só fazem mal feito como, na maioria das vezes, deixam de fazer. É uma mistura de horroroso com horrível: HORRORIÍVEL.
Ótimo trabalho,Claudemir. Essa gurizada enxerga e retrata muito bem a via crucis de quem precisa de atendinto público de saúde.
O pessoal da saúde é a mais capacitada sob qualquer ponto de vista e a mais desvalorizada, no quadro dos servidores municipais. Um servidor em fim de carreira , de nível superior não ganha R$5.000,00.Não tem entusiasmo e motivação que resistam. O plano de cargos e salários completamente desatualizado e salários aviltantes. Desse jeito a coisa não vai, mesmo!!!
Parabéns Claudemir por dar espaço aos futuros jornalistas que realizaram este trabalho!!!