ELEIÇÕES 2014. Jornal diz que Dilma vai tirar o PSB do governo. E já. A pergunta: e no Rio Grande do Sul?

O governador de Pernambuco está fazendo um jogo interessante. Mas de ética discutível. Ao mesmo tempo em que pavimenta sua candidatura, como oposicionista, à Presidência da República, Eduardo Campos mantém sua influência no mesmo governo que pretende derrubar nas urnas.

Essa é uma percepção de qualquer um minimamente informado acerca dos bastidores que cercam esse período pré-campanha eleitoral de 2014. E, aparentemente, também foi notado pelos articuladores de Dilma Rousseff. Que decidiu agir, segundo conta matéria publicada ontem, n’O Estado de São Paulo.

A questão é: e no Rio Grande do Sul, em que o PSB é aliado no governo de Tarso Genro, do PT, não estaria acontecendo a mesma coisa? Pooois é. Ah, mas sobre o que Dilma estaria pronta para fazer, acompanhe a reportagem de Débora Bergamasco, no Estadão. A seguir:

“Dilma vai tirar PSB do Ministério da Integração e pôr PMDB…

… A presidente Dilma Rousseff pretende tirar, até o fim do mês, o Ministério da Integração Nacional do controle do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e entregá-lo ao PMDB. O titular da pasta, Fernando Bezerra, é uma indicação de Campos, provável candidato à Presidência em 2014.

O mesmo deve acontecer com o comando de outros cargos federais importantes de segundo e terceiro escalões, como a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene ) e a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), hoje chefiadas por integrantes do PSB aliados do governador pernambucano.

A intenção de Dilma é tirar do governo federal os filiados do PSB que estão alinhados com o projeto presidencial de Campos, que também é o presidente nacional do partido. Impediria ainda que ele e seus aliados continuassem a usar os cargos no governo federal como vitrine eleitoral para suas candidaturas em 2014. Com isso, Campos seria obrigado a antecipar o anúncio de que será candidato no ano que vem, sem continuar “faturando” com os acertos da gestão atual…”

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