Artigos

Quarenta anos da ditadura chilena – por Daniel Arruda Coronel

No dia onze de setembro de 1973, tropas militares lideradas pelo General Augusto Pinochet puseram fim, de maneira sórdida, torpe e canalha ao governo democrático de  Salvador Allende, o qual era um dos governos mais  transparentes e defensor dos interesses nacionais que se tinha na América Latina.

Allende foi eleito, em 1970, presidente do Chile, apoiado por  uma ampla coligação de esquerda, a qual reunia as mentes mais progressistas e comprometidas com o bem-estar da nação. Dentre suas propostas estavam reforma agrária, desenvolvimento socioeconômico, nacionalização das indústrias e a não submissão à política dos Estados Unidos.

Tais ações foram de encontro à política americana, e, por isso, uma forte oposição, com apoio financeiro e logístico estadunidense, foi estabelecida com o objetivo de desestabilizar o governo e colocar a população contra seu chefe de estado.

Dentre as ações para desestabilizar Allende, merecem destaque o “apoio às greves”,  o bloqueio informal à economia chilena e uma forte campanha na mídia com o objetivo de desgastar a imagem de Allende.

O resultado disso culminou com o bombardeio do palácio de La Moneda, para matar e destruir o legado de Allende e implantar uma ditadura de extrema direita. Tais ações foram lideradas por Pinochet, o qual, infelizmente, era considerado um dos homens de confiança de Allende.

A ditadura de Pinochet foi uma das mais cruéis e sanguinolentas da América Latina e,  por dezessete anos, ceifou a vida de centenas de milhares de homens e mulheres de bem do Chile, cujo “grande mal” que fizeram à nação foi protestar e discordar de um governo completamente submisso aos interesses dos Estados Unidos, haja vista que, nos “bons” manuais de macroeconomia, o Chile da época de Pinochet pode ser considerado como um país onde as políticas neoliberais e em defesa do estado mínimo deram certo e deveriam ser seguidas por outras nações que almejam a tão sonhada “estabilidade macroeconômica”.

Enfim, no dia em que se lembra deste triste episódio da ditadura Chilena, mais do que nunca são pertinentes as palavras de Winston Churchill: “A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas.” Oxalá a América Latina esteja livre de ditaduras e de governos populistas e que meios de comunicação que apoiaram este verdadeiro genocídio  retratem-se o quanto antes, pois ainda há tempo de tentar “limpar” um pouco esta chaga na história do Conesul.

PARA CONTATAR O AUTOR:

Site: www.danielcoronel.com.br. E-mail: [email protected]

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo