RECOMEÇAR SEMPRE. Vem aí o 10° Santa Maria Vídeo e Cinema. Gerbase é homenageado

Só mesmo quem está diretamente envolvido – e é uma meia dúzia de abnegados, na quase totalidade voluntários – sabe das dificuldades enfrentadas para fazer aquele que é o segundo principal evento (perde só para Gramado e toda a sua tradição de décadas) da arte audiovisual no Rio Grande do Sul.

Trata-se do Santa Maria Vídeo e Cinema, festival que chega a sua 10ª edição e começa no dia 5, no auditório da Cesma, na rua Professor Braga, se estendendo até 10 de dezembro, numa realização da Organização Não Governamental SMVC.

Muito apropriadamente, o tema deste ano é “Recomeçar Sempre”. Ah, só para constar: este sítio é, e se orgulha disso, apoiador do festival, na medida de suas possibilidades. E exulta com o esforço desse grupo que faz o SMVC, apesar de tudo.

Como também é verdade que traz muito orgulho aos que são, edição após edição, homenageados pelo festival. É o caso do cineasta gaúcho Carlos Gerbase, que será um dos festejados deste ano. Para saber mais sobre ele e o que pensa a propósito do que acontecerá em Santa Maria nos próximos dias, acompanhe o material produzido pela área de comunicação do SMVC. A seguir:

“30 anos dedicados ao cinema

Jornalista, cineasta, roteirista, diretor, músico, pesquisador, professor. Este é Carlos Gerbase, o homenageado da décima edição do Santa Maria Vídeo e Cinema, que começa no dia 5 de dezembro.

A trajetória como cineasta começou nos anos 80. Em 1987 fundou a Casa de Cinema de Porto Alegre, a qual, depois de 24 anos, deixou este ano. Além do destaque no cinema – com filmes como “Deu Pra Ti” (1981), super-8 de Giba Assis Brasil e Nelson Nadotti, e “Verdes Anos” (1984), também de Giba e co-direção dele – Gerbase também se aventurou na televisão. Participou de roteiros de seriados como “Memorial de Maria Moura”, “Comédia da Vida Privada”, “Engraçadinha” e “Luna Caliente”, todos da Rede Globo.

Em paralelo ao cinema, Gerbase também se dedicou a música. Em 1983, com outros três amigos, formou a banda “Os Replicantes”, sucesso nacional e internacional e lembrada até hoje. Juntos gravaram 10 discos, duas fitas de vídeo, um DVD, fizeram duas turnês pela Europa e lançaram clássicos “Festa Punk” e “Surfista Calhorda”.

TRAJETÓRIA

Carlos Gerbase: Comecei quando estava na faculdade, fazendo jornalismo. Tinha um colega, Nelson Nadotti, que fazia super8.. Ele me ensinou, na prática, como se faz um filme. Em 1978 rodamos MEU PRIMO. E não parei mais.

PANORAMA DO CINEMA NACIONAL E GAÚCHO

CG: O cinema brasileiro está começando a se relacionar com a TV. Esta é a grande possibilidade de criamos um setor audiovisual forte.

O cinema gaúcho tem quase tudo: bons filmes, excelentes artistas e técnicos, capacidade de produção e reconhecimento nacional. Mas ainda é bem difícil levantar recursos para fazer filmes. Falta uma política de investimentos a longo prazo.

O MELHOR MOMENTO

CG: O grande momento, que sempre se renova, é a estréia de um filme. Saber se a obra consegue se comunicar com o público, esperar as críticas, ouvir os comentários. E logo depois pensar no próximo filme.

HOMENAGEM DO 10º SMVC

CG: Recebo a homenagem do festival num momento importante para mim. Depois de 24 anos, saí da Casa de Cinema e começo vida nova na Prana Filmes. Sempre é bom ter seu trabalho reconhecido. Agradeço ao festival e à cidade de Santa Maria.”

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