ELEIÇÕES 2014. Dilma e Temer terão 12 ministérios disponíveis para compensar as siglas que os apoiam
São 12 ministros que vão deixar a Esplanada entre dezembro e março – porque candidatos a algum cargo no próximo ano. A maioria já no final deste 2013. Suas pastas, porém, não ficarão automaticamente para os mesmos partidos. Até podem, mas não necessariamente. Afinal, vão virar moeda de troca política na hora da montagem da rede de apoio à dobradinha governista em 2014.
Há até a possibilidade de o PMDB de Michel Temer, candidato à reeleição como vice de Dilma Rousseff, do PT, abrir mão de um ministério em favor do nome oferecido por alguma agremiação que se alie aos governistas. É, convenhamos, uma arma política e tanto.
Sobre isso, inclusive com algumas especulações eventualmente discutíveis, o jornal O Estado de São Paulo, na sua versão online, trouxe interessante reportagem assinada por Débora Bergamasco. Ela esmiúça, por exemplo, as chances do PP, sim, do PP, vir a ampliar seu espaço no governo. E há uma razão específica para isso. Vale conferir, a seguir:
“Governo terá 12 pastas para ‘seduzir’ PP e PSD…
…A presidente Dilma Rousseff pretende usar cerca de 12 vagas deixadas por ministros que vão disputar as eleições em 2014 para amarrar o apoio do PP, PTB e PSD a seu projeto de reeleição. A reforma deverá ser feita no fim de dezembro ou em janeiro.
Caso uma aliança formal com esses partidos não seja possível, sobretudo por conta dos palanques regionais, a ideia do governo é que as siglas seduzidas, se não apoiarem Dilma, ao menos não deem palanque para os adversários da petista.
A estratégia é considerada fundamental para neutralizar a capilaridade do PSDB, do senador Aécio Neves (MG), e do PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, agora apoiado pela ex-ministra e ex-senadora Marina Silva.
O governo não descarta que o PMDB, numa reforma ministerial, possa ceder mais espaço para partidos que ganharam mais importância com o troca-troca protagonizado por parlamentares até o último dia 5…”
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