
No primeiro dia do movimento paredista dos servidores estaduais, os setores de Educação e Segurança Pública, inclusive porque mais numerosos, foram os que apresentaram adesão maior. Descontentes com o parcelamento salarial, que foi ainda mais gravoso agora (R$ 600 na primeira parcela) que no mês passado (R$ 2.150), servidores de mais de 40 categorias do funcionalismo se declararam em greve.
Na tarde passada, já se encaminhava, em REUNIÃO dos líderes sindicais dos servidores, a possibilidade, cada vez mais concreta de um extensão da greve. Inicialmente prevista para encerrar quinta, deve prolongar-se até sexta. Na área de segurança pública, por exemplo, impedidos legalmente de paralisar, os brigadianos devem aquartelar-se, o que já ocorreu nesta segunda-feira em Santa Maria, por exemplo.
Para saber mais de tudo isso, vale conferir o material produzido e publicado originalmente no G1, o portal de notícias das Organizações Globo. As fotos são de Gabriel Haesbaert, de A Razão (manifestação) e de Reprodução (carta). A seguir:

“Após parcelamento, servidores cogitam prolongar greve no RS…
… Logo após o pronunciamento do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, sobre o parcelamento dos salários dos servidores neste mês, representantes de diferentes sindicatos se reuniram para discutir o futuro da greve iniciada nesta segunda-feira (31)…
…O pagamento da folha do mês de agosto será dividido em quatro parcelas. A medida é válida para todos os funcionários vinculados ao Poder Executivo. Nesta segunda (31), os servidores receberam R$ 600, já previstos desde sábado (29), quando os extratos indicavam o valor que seria depositado. Uma segunda parcela de R$ 800 será depositada até dia 11 de setembro. Já no dia 15 está programado o crédito de R$ 1.400. A parcela complementar para quem ganha acima de R$ 2.800 será creditada até o dia 22.
Segundo a Federação Sindical dos Servidores Públicos no estado (Fessergs), a greve pode ser mais longa do que o previsto. A paralisação deveria acabar na quinta (3), mas agora os funcionários públicos estão repensando essa data.
“Ele [governador] está apequenando o estado e agora agravando a situação com esse atraso injustificado de salários, que vai colocar na miséria mais de 350 mil servidores, aposentados e pensionistas, e que vai penalizar toda a sociedade. E praticamente parece que ele começou a governar agora em agosto, porque desde abril nós vínhamos alertando para esse quadro, que ia se agravar e se tornar caótico. Mas parece que ele apostou nesse caos”, disse o presidente da Fessergs, Sérgio Arnoud.
O Cpers, sindicato dos professores, sinalizou a possibilidade de estender a greve por mais de quatro dias. “Há um abalo na categoria, nós temos que analisar se retomaremos ou seguimos com a greve”, afirmou a presidente do Cpers, Elenir Aguiar.
Já o presidente do Sindicado dos Servidores Penitenciários do estado (Amapergs), Flávio Berneira, disse que a categoria pode abandonar os presídios. “Nós temos uma tendência de que esse movimento se intensifique, porque o parcelamento, da forma que foi feito, inclusive inviabilizou a capacidade das pessoas seguirem trabalhando”, afirmou.
“Existe uma tendência dos servidores abandonarem 100% as casas prisionais, a exemplo do que aconteceu há alguns anos. A tendência é essa porque hoje a situação é muito mais grave do que aquela que nos levou a uma greve geral da categoria, com 40 penitenciárias abandonadas pelos servidores da Susepe”, acrescentou Berneira.
Entidades ligadas à Brigada Militar e ao Corpo de Bombeiros divulgaram uma carta aberta à população (veja ao lado). No texto, a categoria diz que, com o salário parcelado, o serviço será parcelado também e que haverá aquartelamento a partir desta terça (1).
“Orientamos a população do Rio Grande do Sul, que vê a criminalidade se alastrar rapidamente, que se proteja como puder face a ausência de policiamento nas ruas que se verifica no dia de hoje e se intensificará a partir de amanhã. Não podemos receber ordens de quem não cumpre a lei e comete crime de desobediência”, diz a carta…”
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