HUSM deve aderir, já, à EBSERH! – por Carlos Costabeber
Em conversa com o Reitor Felipe Muller, fiquei mais do que convencido de que o Conselho Universitário deve aprovar de imediato a adesão do Hospital Universitário à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).
Uma situação legal está tornando insustentável a presença de 170 profissionais da área da saúde contratados pela FATEC, e cedidos ao HUSM.
Estamos atrasados em meses!
O HUSM já perdeu, por demissão voluntária, 20 profissionais. Somente esse rombo já está inviabilizando a escala no PS, nas unidades de terapia intensiva, especialmente a neonatal (única pelo SUS na região) – além do atendimento às vitimas da Kiss, cujos profissionais estão vinculados à FATEC.
Caso não se decida pela contratação pela EBSERH, os contratados restantes na FATEC, além de demitidos, não terão oportunidade de ingressar no quadro do HUSM mediante concurso público – com salários compatíveis com a complexidade dos pacientes que atendem.
Essa situação crítica tem uma alternativa única e altamente interessante para o Hospital e para a própria UFSM: a adesão imediata a EBSERH.
Mais ainda: o HUSM poderá contratar, de imediato, 900 novos funcionários na área da saúde (inclusos os atuais 170), permitindo um robusto aumento em sua capacidade, além de milhões de reais em investimentos em sua estrutura física e em novos equipamentos. Por maior que seja a dedicação e comprometimento de todos os seus funcionários, o HUSM tem enormes limitações em prestar um atendimento à altura do que é exigido e esperado pela população.
Já a UFSM poderá focar exclusivamente nos seus fundamentos: educação, pesquisa e extensão. Isso porque 50% dos seus funcionários estão alocados no HUSM. É uma “universidade dentro de uma universidade”; uma realidade difícil de ser administrada
Outro ganho é a garantia no aumento da Residência Médica, fundamental para o exercício da prática da Medicina pelos acadêmicos, e vital na capacidade de atendimento do HUSM.
A sociedade com um todo, finalmente, está se mobilizando pela adesão à EBSERH, assim como já fizeram o Conselho Municipal da Saúde, dois Conselhos Intergestores Regionais, Conselho de Administração do HUSM, Conselho do Centro de Ciências da Saúde, Conselho Regional de Desenvolvimento, e Prefeituras e Câmaras de Vereadores de toda a região – através da AMCentro e dos Coredes.
Esperamos uma adesão total dos membros do Conselho Universitário, AINDA ESSE ANO, a favor da contratação da EBSERH para administrar o nosso Hospital Universitário. O risco de deixar para o próximo ano, um ano de eleições, é muito grande. Tudo tem de ser decidido imediatamente !
Não existe um “plano B” para a sobrevivência (e expansão) do HUSM, fora da adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
O momento é decisivo para toda a comunidade gaúcha! Esse momento é AGORA! Ainda em 2013 !
O pensamento mágico ronda o HUSM! A salvação virá dos céus ou dos mirabolantes ‘projetos’ saidos dos gabinetes refrigerados de Brasília!
Olhem para onde a EBSERH já colocou suas garras e vejam se as contratações prometidas foram realizadas na forma e quantidade que se anunciava. Vejam se a relação de trabalho estabelecida favorece o bom atendimento à população.
As demissões recentes, se olhadas uma a uma, apresentam relações estranhas entre a construção de um caos artificial para “obrigar” o HUSM a aceitar a EBSERH, sem falar que há uma relação entre profissionais e empresas da saúde que se aproveitam do que é público para tirar suas lascas – a EBSERH é o flanco “amigo” das ambiguidades com o setor privado; sem as mesmas possibilidades de controle social e com uma direção INDICADA (hoje em dia a direção do HUSM é eleita 120 dias após a posse de cada reitor; com a EBSERH os manda-chuvas serão indicados pela sede da empresa, em Brasília!)…
Ahhh… vamos conversar mais com esses prefeitos e representantes que teriam se manifestado a favor da EB$ERH. Será que ouviram distintas posições ou forma no oba-oba dos sorrisos e tapinhas nas costas entre um cafézinho e outro?? No Conselho Municipal de Sáude, a bancada que representa usuários do SUS, ou seja 50% do Conselho, foi atropelada pela mesa coordenadora que abertamente faz o lobby pró EB$ERH. A representação do CMS deseja discutir e entender o que é a EB$ERH d efato; o que implica esta adesão.. enfim, temos que conversar!
Tem servidor ganhando 6 mil por mês? Serão aqueles da jornada dupla, que contratados por DE também atendem em consultórios e foram flagrados pelo MPF? De qualquer forma 6 mil reais ainda é inferior ao que se pagará a algumas funções gratificadas criaads pela Ebserh, entre elas, uma de 17 mil reais a ser paga o superintendente, sendo que a menor FG pagará 4 mil reais. Para isso tem dinheiro, mas para fazer concursos esperados há mais de uma década, daí não tem.
A questão não é o problema. É a solução. Bastava ser feita a criação de 900 novos cargos na universidade. Ocorreria o concurso, o regime previdenciário já não seria o mesmo porque mudou e estaria tudo certo. Com a nova empresa, foram criados novos cargos de confiança e tem “muita gente boa” de olho nas boquinhas.
A “sociedade”, conforme diz o artigo, não é nada mais e nada menos que um monte de “conselhos” composta por pessoas que ninguém sabe direito como foram parar lá. Caso alguns não tenham notado, a crise de representação que ocorre no país também inclui a nossa aldeia.
As decisões são tomadas em gabinetes, sem muita discussão com a sociedade, mas sempret têm um verniz de legitimidade. Vide a redução do IPI e o subsídio para a indústria automobilística.
Leio, releio, treleio o projeto de criação da EBSERH e de adesão do HUSM e não vejo de que maneira poderia ser ‘danoso a sociedade’. Creio que será danoso apenas aos técnico-administrativos que ganham 6 mil por mês, trabalham 6 horas e ainda reclamam de bater ponto