Pega na mentira! Isso deveria ser a chamada na política eleitoral – por Marionaldo Ferreira
“A mudança não virá de desistir da política, mas sim de ressignificá-la...’

Descrédito dos políticos não é o mesmo descrédito com a política; entender isso é transformador.
Em tempos de desilusão, é comum que as pessoas confundam a figura do político com a essência da política. No entanto, é fundamental separar essas duas dimensões para podermos entender o papel transformador da participação cidadã.
Políticos mentirosos existem, e infelizmente não são poucos. Durante as campanhas, prometem mudanças, defendem causas populares e falam com a convicção de quem realmente acredita no que diz. Mas, ao assumirem o cargo, muitas vezes levam poucos meses para agir de forma contrária ao que pregaram, traindo a confiança de quem os elegeu.
Essa decepção gera um sentimento de frustração que recai sobre a própria política. No entanto, a política não se reduz aos maus representantes. Ela está presente no nosso dia a dia, nas decisões que impactam a saúde, a educação, o transporte, a segurança e tantos outros aspectos da nossa vida. Política é a arte de organizar a sociedade para o bem comum, e essa dimensão é muito maior do que as falhas dos indivíduos que ocupam cargos públicos.
Não devemos nos culpar por termos acreditado em promessas que não foram cumpridas. A mentira, quando dita com veemência, engana até quem a profere. O importante é aprender com essas experiências, continuar participando ativamente da vida pública e exigir transparência e responsabilidade dos eleitos.
O caminho para superar esse ciclo de descrédito passa pelo fortalecimento da consciência cidadã e pelo envolvimento direto na construção das políticas públicas.
A mudança não virá de desistir da política, mas sim de ressignificá-la, com mais participação, mais fiscalização e mais diálogo coletivo.
A política é nossa, e cabe a nós reconstruí-la com integridade e esperança. Os governos não são para toda a vida, podem e no no meu ponto de vista devem ser trocados a cada eleição. Portanto, governos passam e nós passarinho, como já disse o poeta.
Acredite em você e nos seus propósitos em viver em uma cidade que te proporcione bom atendimento e oportunidades. Para isso faça política, que aí esses politiqueiros existentes começam a cair fora do espaço de criação humana, que é a boa política.
(*) Marionaldo Ferreira é servidor aposentado da UFSM. Tecnólogo em Processos Gerenciais, Especialista em Administração e Marketing, Psicanalista em formação e tem, também, MBA em Gestão de Projetos. Seus textos são publicados nas madrugadas de segunda-feira.
Excelente artigo. Quanto mais os cidadãos se afastam da vida política, mais fácil se torna para os maus políticos se perpetuarem no poder. A reeleição é um câncer da democracia, após a eleição o político já começa a trabalhar para se reeleger e não em prol do povo, o bem da Coletividade é o que menos preocupa o político eleito, sua preocupação é agradar seus financiadores e seus currais eleitorais.
Resumo da opera. Nelson Rodrigues e ‘a vida como ela é’. Se escrevesse hoje seria ‘a vida como deveria ser’.
‘Para isso faça política, que aí esses politiqueiros existentes começam a cair fora do espaço de criação humana […]’. Dentro dos partidos já é dificil achar espaço, politiqueiros não dão espaço, muito menos para quem vem de fora.
‘Os governos não são para toda a vida, […]’. Alternacia da submediocridade.
‘[…] cabe a nós reconstruí-la com integridade e esperança’ Kuakuakuakuakuakuakua!
‘O caminho para superar esse ciclo de descrédito […]’ é uma crise economica ou institucional. Gente capaz abandona seus projetos pessoais e com um pouco de sorte coloca um band-aid na coisa.
‘A política é nossa, e cabe a nós reconstruí-la com integridade e esperança.’ Obvio que não. Eleitores escolhem em quem votar, mas quem escolhe os candidatos são os ‘partidos’. População, muitas vezes, tem que escolher entre Zé Ladrão e Pedro Bó. Fazer o quê?
Quem acredita em ‘propostas abertas’ do tipo ‘melhorarei a educação, saude e segurança publica’ é trouxa também.
‘Não devemos nos culpar por termos acreditado em promessas que não foram cumpridas.’ Claro que sim, quem acredita em politicos(as) é trouxa mesmo. Todos mentem desde o inicio dos tempos.