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JANEIRO 27. O documentário que emocionou a todos e terminou com o público aplaudindo de pé, na Unifra

Luiz Alberto Cassol, um dos diretores, fez observações sobre o filme que emocionaria a...
Luiz Alberto Cassol, um dos diretores, fez observações sobre o filme que emocionaria a…

Era apenas um dos atos previstos para o Congresso Novos Caminhos, promovido pela Associação dos Familiares das Vítimas da Kiss. Era. Na verdade, foi o ponto culminante da programação deste sábado, no auditório da Unifra. E que, como se poderia supor – desde que o trailer foi dado a conhecer -, emocionou a todos.

A pedido do editor, você lerá o relato da repórter Joyce Noronha, de A Razão (que trará amplos detalhes da cobertura dela e também dos demais profissionais do jornal, na edição de segunda-feira). As fotos são de Deivid Rodrigues. A seguir:

 “A gente vai ser sobrevivente para o resto da vida”

Um auditório cheio aguardava a exibição do documentário “Janeiro 27”, na tarde de sábado. Para alguns a sala estava lotada de participantes do 1º Congresso Internacional Novos Caminhos – A vida em transformação. Na verdade o lugar estava repleto de pais, avós, amigos, namoradas, namorados, familiares, sobreviventes e jornalistas. Todos seres humanos, com sentimentos.

O curta de quase uma hora, produzido por Luiz Alberto Cassol e Paulo Nascimento, reapresenta a história da tragédia com relatos. Por meio da perspectiva de quem perdeu uma pessoa próxima mexem com as emoções do espectador. Assim como o depoimento de quem recomeçou a vida após curar as feridas externas – isto porque as internas ainda estão em processo de cicatrização.

As pessoas que falaram no vídeo carregarão para sempre a história particular com a tragédia. Os sobreviventes, como uma citou, serão “sobrevivente para o resto da vida”. Os pais e familiares não desligarão mais a TV ao assistir notícias de acidentes. E os jornalistas, deixarão as lágrimas correr.

“Refletir, para que isso nunca mais aconteça”, é a explicação de Cassol para a produção. Ele conta que recusou três pedidos de fazer o material audiovisual sobre o incêndio de 27 de janeiro de 2013. Entretanto, quando o presidente da Associação de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Ferreira, requisitou ao cineasta, ele aceitou. “Sou natural de Santa Maria, esta história faz parte da minha. Mas fiz para a associação. O vídeo será entregue a eles, que decidirão qual destino dar ao material”, relata o produtor de Janeiro 27.

Um pai de vítima diz no documentário que ninguém entende a dor que ele sente. “Você pode me dar um abraço, para acalmar meu coração, mas não diga que sente muito, porque não sente”, afirma. Assistir ao curta foi um grande abraço em toda Santa Maria. A exibição encerrou com choro, emoção e aplausos do público em pé.”

...plateia que compareceu ao lançamento do documentário “Janeiro 27”, na Unifra
…plateia que compareceu ao lançamento do documentário “Janeiro 27”, na Unifra

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