KISS, 1 ANO. A noite termina com uma certeza: são 242 vítimas (e famílias, amigos…) à espera da Justiça
Emoções de sobra, nos últimos três dias. Um congresso internacional. Ações no centro da cidade. Caminhadas. Vigílias. Discursos. Palavras de conforto. Lojas (parcialmente) fechadas. Flores, muitas flores. Balões, muitos balões (242 a cada vez). Silêncio. Barulho, muito barulho.
Tudo isso, e mais um pouco, embalando uma única certeza: por enquanto a impunidade está ganhando. Por enquanto. E isso significa, na contrapartida, a necessidade para familiares, amigos e, sobretudo, a sociedade, de continuar a luta por Justiça. Este sítio e seu editor não escondem: para usar uma linguagem própria daqueles 242 meninos e meninas, e também daqueles vários outros sobreviventes que ainda sofrem, “tamojunto”.
Como aconteceu neste 27 de janeiro. Depois da madrugada em vigília, da manhã em caminhada, do dia inteiro de debates, orações e outras manifestações, inclusive o ABRAÇO solidário de outros tantos jovens, o fecho das atividades previstas: 242 nomes lidos na praça Saldanha Marinho. Não há como não se comover. Não há como não bradar: J-u-s-t-i-ç-a!!!
Para saber mais do que aconteceu agora à noite, na Praça Saldanha Marinho, uma sugestão: confira a reportagem de Luiza Carneiro e Estêvão Pires, do G1, o portal de notícias das Organizações Globo. As fotos são de Deivid Dutra, do jornal A Razão. A seguir:
“Leitura de nomes de vítimas da Kiss e ato ecumênico emocionam famílias…
…Terminou com muita emoção a programação organizada para lembrar o primeiro ano do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria. Um ato na Praça Saldanha Marinho começou com a leitura dos nomes de todas as 242 vítimas, seguida do som de tambores. Em seguida, um ato reuniu representantes de várias religiões, com mensagens de conforto e música. A tragédia completou um ano nesta segunda-feira (27).
Quem começou a leitura dos nomes foi o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Alves Ferreira, que perdeu a filha Jennefer. Outros integrantes da associação também participaram da leitura e não contiveram a emoção. Familiares e amigos que estavam acomodados na praça se dividiam entre lágrimas e palmas em homenagem.
A dona de casa Marise Dias de Oliveira, de 50 anos, prestava homenagem ao filho Lucas Dias, que morreu aos 20 anos. “Se já não bastasse a dor, ainda tenho de enfrentar o sentimento de impunidade”, lamentou, durante o ato.
Logo após a leitura, um pastor subiu ao palco, junto com meninos do Grupo Jovem Coração, que levaram cartazes formando frases. Em seguida, eles desceram do palco e abraçaram familiares que estavam na praça…”
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Gostaria de me congratular com as homenagem, por sinal muito bem organizadas e espero que a justiça seja feita um dia, mas como todo o ato deixa suas marca como sujeira gostaria que a associação mandasse limpar a rua onde foi feito aquelas pinturas que a vida continua para quem ficou.