OPINIÃO. Irmã Lourdes Dill, a economia solidária, o desenvolvimento sustentável e iniciativas que há aqui
Originalmente publicado no jornal A Razão deste final de semana, vale a pena conferir o artigo produzido pela irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, e verdadeiro indutor da economia solidária – não apenas em Santa Maria e na região, é bom ressaltar. Acompanhe:
Desenvolvimento sustentável e as iniciativas locais
Este é um tema muito desafiador que hoje no momento histórico em que vivemos é urgente refletir e colocar em prática. “Um olhar Global, mas com Ação Local”.
O verdadeiro Desenvolvimento Solidário, Sustentável e Territorial se fortalece com iniciativas locais, articuladas em Redes Solidárias que se tornam gigantescas na cooperação. As pequenas iniciativas, geram renda para classe pobre e excluída, partilham com justiça o fruto do seu trabalho, sem a ganância do acúmulo e do consumismo desenfreado, do mercado capitalista e excludente.
Fortalecer o Desenvolvimento Sustentável, com iniciativas locais, deveria ser a meta de todos os cidadãos e cidadãs, no cuidado com a Vida em todas as dimensões e com Políticas Públicas de Estado e não de Governo, pois os governos passam e organizações permanecem e se fortalecem a cada dia em articulações solidárias.
É um dever também as lideranças responsáveis de todas as articulações Políticas, para que entendam, valorizem e acima de tudo apoiem iniciativas locais no campo e na cidade. Para muitos, há o fascínio de trazer “Projetos Faraônicos”, de fora ou seja ligado a grandes “Multinacionais”, achando que o Desenvolvimento Sustentável se dá por aí. As Empresas de fora trazem suas equipes preparadas, suas Tecnologias e na maioria das vezes levam o dinheiro embora das cidades onde se instalam. Estas, muitas vezes tem mais incentivos fiscais, que os projetos locais que contribuem no Desenvolvimento Solidário, Sustentável e Territorial e na Inclusão Social e Cidadã, incluindo os que estão a margem de sua dignidade e cidadania muitas vezes não conseguem. Os Projetos Solidários contribuem na erradicação da fome, da pobreza e da miséria, diminuindo assim a “ massa sobrante”.
Que tal mudar estes paradigmas e dar um apoio mais significativo também para as experiências locais, que se organizam e buscam sua organização para ter trabalho e renda, para as suas familias, parceiros articulados em Redes Solidárias.
Em Santa Maria temos várias iniciativas que contribuem no Desenvolvimento Solidário Sustentável e Territorial. Um destes projetos é o Projeto Esperança/Cooesperança da Arquidiocese de Santa Maria, que foi idealizado por nosso saudoso e inesquecível Dom Ivo Lorscheiter e um grupo de lideranças comprometidas com a Inclusão Social e Cidadania.
Com o Projeto da Ampliação do Centro de Referência de Economia Solidária, com apoio do Governo do Estado no valor de R$ 600,00 (seiscentos mil reais), também com a perspectiva de apoio da Prefeitura Municipal de Santa Maria, é possível congregar mais famílias e Empreendimentos Solidários a partir de 2014.
Agradecemos à todos os que já apóiam esta experiência, participando a cada sábado do Feirão Colonial, consumidores, produtores, imprensa, apoiando as iniciativas locais. Esta é uma das formas de participar, apoiar e fortalecer a Solidariedade, incluindo muitas pessoas e diversas organizações, formando a Rede de Solidariedade, Inclusão Social e o fortalecimento da Cidadania.
Irmã Lourdes Dill
Coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança
E-mail: [email protected]
Sustentável só no nome. Um saco sem fundo para subsídios infindáveis. Subsídios provindos do sistema capitalista, diga-se de passagem. Que não se sabe onde são prestadas as contas e nem se são auditados.
“muitas vezes tem mais incentivos fiscais, que os projetos locais” leia-se “ao invés de entregar o dinheiro para empresas que geram empregos entreguem para nós”.
“ligado a grandes “Multinacionais” leia-se “ao invés de ser explorado por um estrangeiro, é muito melhor ser explorado por um conterrâneo.
“Progressistas” são na verdade reacionários. A economia “do bem” quer que vivamos na idade da pedra.
Nada contra os liderados. Mas os lideres sociais têm que olhar no calendário e descobrir que os anos 70 do século passado já acabaram.
O feirao é dez.
A ir. Lourdes é a grande personagem da história de santa Maria e uma das do planeta.