“…Enquanto indústrias bilionárias como a do álcool, a do tabaco e a dos laboratórios farmacêuticos fabricam adictos em série e multiplicam as estatísticas de acidentes de trabalho e de trânsito, agravam quadros depressivos e ainda assim gozam de ótima reputação publicitária, um herbáceo relativamente inócuo como a maconha segue gerando polêmicas e uma forçosa associação com crimes de toda natureza.
Não podemos ser ingênuos quanto a tal criminalização: há uma farta literatura crítica que identifica as origens da demonização da maconha na associação calculada entre seus efeitos sonolentos e a ‘improdutividade’ dos subúrbios – e, em especial, aos rompantes de insubmissão das comunidades negras. Maconha tornou-se sinônimo de vagabundagem, comportamento de gueto, combustível dos maus-modos. Um emblema pronto para…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra de “Maconha: entre o direito individual e o estigma social”, de Atílio Alecar. Graduado em História pela Universidade Federal de Santa Maria, atualmente trabalha com gerenciamento de mídias sociais e colabora com veículos de comunicação livre. Suas opiniões e críticas exclusivas estão disponíveis neste sítio todas as quartas-feiras
Na falta de argumentos ataca-se o oponente. São hipócritas. O consumo da cannabis está liberado há tempos. Qualquer policial militar que levar um usuário pego na rua até uma delegacia sairá depois do mesmo do prédio. E o usuário só terá que comparecer num juizado especial para levar uma admoestação do juiz.
Tabaco? Cada vez mais relegado aos espaços abertos. Vide a sujidade das ruas das cidades.
Álcool? Só falam no marketing. Esquecem que, se alguém for pego dirigindo sob influência do mesmo, a encrenca não é pequena. Já a cannabis, que também altera os reflexos (dependendo do teor de THC não é pouco), não tem seu uso verificado em nenhuma blitz. Nem se fala no assunto. O mesmo vale para outras drogas.