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A Educação exerce um papel importante no futuro que desejamos – por Paulinho Salerno

‘Precisamos agir e pensar na recuperação das sequelas vindas da pandemia’

Preparar os cidadãos do futuro é uma das tarefas mais árduas, porém uma das mais compensativas, no que tange à formação básica do ensino, seja na rede pública, como também na particular. O fato é que a maneira com que a educação é pautada atualmente impactará em um futuro breve.

Estudos divulgados recentemente pelo Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas, a Unicef, tratam da situação escolar atual no Brasil, levando em conta diversos fatores, dentre os quais se apresentam números da evasão escolar nos últimos anos, excepcionalmente no período pandêmico, bem como a própria visão dos estudantes que frequentam ou deixaram de frequentar a escola neste mesmo período.

Os dados do relatório ligam o sinal de alerta para um problema social que tem reflexo imediato nos níveis escolares, com 48% dos estudantes tendo largado as instituições de ensino, por terem de trabalhar e 30% por não conseguirem acompanhar as explicações dos professores nas salas de aula. A pandemia, por sua vez, trouxe efeitos que devem levar tempo para serem estancados, incidindo na preferência dos estudantes pelo ensino à distância, sejam aulas ou atividades.

Outros fatores também pesam sobre os números, como a questão financeira, violência, discriminação e mesmo a falta de documentos cadastrais, o que demonstra que outras áreas têm apresentado desacerto, culminando em problemas desta natureza.

Além de evidenciar a necessidade de maior amparo através da assistência social,  o fomento, tanto a estudantes quanto a professores, para manter o interesse nos estudos é um grande desafio para o poder público, tendo em vista que fatores externos associados agem contra possíveis medidas que possam conter essa fissura na educação.

Após a pandemia, 93% dos estudantes retornaram às atividades presenciais nas escolas gaúchas, restando um percentual que parece pequeno, mas que precisa de atenção. O resgate da evasão dos últimos 7% deve ser considerado, pois é de crianças e adolescentes com chance de vulnerabilidade social e possível exposição às condições oferecidas pela mesma.

O estudo também considera questões importantes ligadas à psique. A saúde mental foi um dos principais temas no retorno presencial, pois o amparo aos estudantes ainda pode ser considerado pequeno, mediante a um déficit importante ocorrido nos últimos anos, durante a realização das atividades remotas. A situação exige avaliação destes números e a resposta está na adoção de programas e medidas que instiguem novamente e que despertem a curiosidade dos estudantes para manter-se dentro do ambiente escolar.

Temos agregado ao ambiente soluções tecnológicas empregadas ao ensino, auxiliando na questão didática, acrescidas de materiais pedagógicos diferentes e que buscam prender a atenção do aluno às pautas do conteúdo programático.

Precisamos trabalhar, junto às secretarias municipais, mas principalmente pensar enquanto poder público em como recuperar as sequelas deixadas pela pandemia e também como preparar os estudantes que se mantêm na escola. O que eles esperam de nós se trata de ensino de qualidade, atrativo e de suma importância, para o futuro. Como dito, o impacto gerado no presente terá grandes reflexos sobre como a sociedade projeta o amanhã.

(*) Paulinho Salerno é prefeito municipal de Restinga Sêca e presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Ele escreve no site às quintas-feiras.

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