A partir de amanhã, começam a vigorar novas regras para associações esportivas, inclusive as federações. No caso da gaúcha de futebol, incrivelmente, o presidente diz que não vai cumprir a lei. E vai ficar por isso mesmo? Quer dizer, então, que a lei é para bonito, apenas?
Olha só o que Francisco Noveletto declara, em ENTREVISTA a Guilherme Mazui, do jornal Zero Hora, e reproduzida na versão online do Diário de Santa Maria. Ah, a foto é de Divulgação. Acompanhe:
“Novelletto descarta aumentar a participação dos atletas prevista em mudanças na Lei Pelé: “Eles jogam bola, e eu administro”
Desde 2004 à frente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), o presidente Francisco Noveletto está no terceiro mandato consecutivo. Em entrevista a Zero Hora, o dirigente não pretende adequar a entidade às MUDANÇAS NA LEI PELÉ, que entra em vigor nesta quinta-feira. Confira os principais trechos:
Zero Hora — As mudanças na Lei Pelé limitam os mandatos dos dirigentes a quatro anos, com direito a uma reeleição, e pedem maior transparência nas contas. A FGF pretende adotar as regras?
Francisco Novelletto — Somos transparentes com as contas, temos balanços, as informações pedidas são apresentadas. Nos mandatos não há interesse de mudar. O tempo do dirigente é relativo, tem que avaliar o desempenho. Se o cara é bom dirigente, pode ficar muito tempo. Se ele é ruim, não pode ficar nem três meses.
ZH — A lei também garante voz aos atletas na aprovação de regulamentos de competições e eleições de federações. A FGF dará espaço para os atletas?
Noveletto — Não vamos alterar nada. Eles (atletas) jogam bola, e eu administro. Senão, vou querer jogar bola também. É cada um na sua.”
Isto me lembra um certo consórcio na região, o qual o presidente não quer chamar eleição de jeito nenhum.