É aparentemente (e ainda bem) inesgotável a capacidade científica. E há exemplos bem próximos de nós, nem sempre notados. Talvez, inclusive, por falta de divulgação dos interessados. Ou leniência nossa, dos profissionais. Quem sabe… Quem sabe.
Olha esse exemplo: um trabalho feito aqui, na UFSM, mais exetamente no setor de Medicina Veterinária, envolvendo células-tronco e animais domésticos, pode, em algum momento, beneficiar os humanos. Mas, que pesquisa é essa, afinal?
Um bom relato foi produzido e distribuído pela Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM. Pena que, mais uma vez (deve ser norma interna, com a qual esse editor não concorda, mas nada pode fazer, exceto lamentar), não estão creditados os autores do texto e da foto. Mas, enfim, vale conferir:
“Novo estudo aponta que células-tronco podem evitar rejeição em transplantes
Um novo estudo realizado pelo Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária (PPGMV) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) pode abrir caminhos para novas terapias regenerativas em transplantes de órgãos. A pesquisa intitulada “Alo-Transplante Parcial de Vesícula Urinária com células mesenquimais estromais multipotentes alogênicas derivadas do tecido adiposo em coelhos”, de autoria do doutorando Saulo Tadeu Lemos Pinto Filho e sob orientação do professor Ney LuisPippi, mostra que além da terapia celular em animais domésticos, a importância da utilização de células-tronco para reparação de tecidos em Medicina Veterinária deve-se também à geração de modelos experimentais aplicáveis a paciente humanos.
Atualmente, para evitar a rejeição de órgãos transplantados, pacientes portadores de doenças crônicas fazem uso de medicamentos imunossupressores. Esses remédios têm uma série de efeitos colaterais muito agressivos ao organismo, e podem, até mesmo, deixar o paciente mais suscetível a infecções e tumores malignos que podem se formar com o uso contínuo destes medicamentos. Nesse sentido, surge com a pesquisa a possibilidade de desenvolvimento de uma técnica futura com o uso de células-tronco, em que o organismo, naturalmente, se adapta ao novo órgão, sem rejeição. O estudo, que iniciou em 2012, já teve a primeira etapa concluída, em que utilizou-se a Ciclosporina (um agente classicamente imunossupressor muito utilizado pelos pacientes transplantados) em um…”
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