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ELEIÇÕES 2014. Marchezan Jr e Bisogno, o primeiro exemplo de que voto ‘Frankstein’ tem adeptos em SM

A foto que o editor recebeu da assessoria de Marchezan, feita na Feira do Livro, e que mereceu...
A foto que o editor recebeu da assessoria de Marchezan, feita na Feira do Livro, e que mereceu…

Está surgindo, antes mesmo do início efetivo da campanha eleitoral, a primeira dobradinha “frankstein”. Com direito, inclusive, a registro (sem a confissão, obviamente) no Feicebuqui. É claro que ninguém espere um aviso pelo rádio, se bem que elogios mútuos foram trocados na manhã de sexta-feira, na Imembuí. Mas o fato é que os autointitulados amigos Marcelo Bisogno, do PDT, e Nelson Marchezan Júnior, do PSDB, podem estar gestando uma aliança informal na disputa dos votos santa-marienses em outubro.

Ao editor parece que isso interessa mais ao tucano, que tenta reeleição a deputado federal e que não terá a parceria do maior nome local do partido, Jorge Pozzobom. Marchezan pretende, é evidente, manter os 10 mil votos conquistados há quatro anos, na boca do monte. Para isso, além de trazer para cá seu próprio parceiro, Pedro Pereira (leia nota específica na seção Luneta, publicada agora há pouco), não é desagradável, pelo contrário, formar acordos de apoio mútuo, quando e onde for possível.

Já a Marcelo Bisogno, inclusive porque seu partido não tem candidato local à Câmara dos Deputados, e mesmo que o aliado preferencial seja Afonso Mota, também do PDT, não é ruim ter mais apoio – ainda que venha de um advsersário (?). Logo…

...registro do tucano em sua página no Feicebuqui. Claro que tudo foi objeto do acaso, né?
…registro do tucano em sua página no Feicebuqui. Claro que tudo foi objeto do acaso, né?

FRANKSTEIN – O fenômeno, em si mesmo, não é novo. Há casos nacionais bem conhecidos. Em Minas Gerais, por exemplo, ocorreu nas duas últimas eleições presidenciais. Na primeira, em 2006, candidatos do PSDB a deputado faziam campanha para Aécio Neves para governador. Mas engrossavam as fileiras de Lula, para o Palácio do Planalto. Foi chamado de voto “Lulécio”. Na segunda, só mudaram os nomes, e o apelido, “Dilmásia”: Dilma (PT) para Presidente e Antonio Anastasia (PSDB) ao governo estadual.

Há quem diga que isso também no Rio Grande de 2010, mas não explicitamente. O fato é que enquanto o petista Tarso Genro se elegia governador, para o governo do Estado quem fez mais votos, no primeiro turno, foi o tucano José Serra.

A esse fenômeno apelidou-se chamar voto “Frankstein”, por conta da criatura que está entre as mais horrorosas já criadas pela literatura – uma obra de meados do século XIX, da escritora britânica Mary Shelley.

É bastante provável que, mais uma vez, a coisa toda se repita. Inclusive em Santa Maria. E não apenas entre Bisogno e Marchezan. Afinal, adversarios em dificuldade se abraçam ao diabo, ou ao monstro, por conta dos votos. No popular, trata-se mesmo é de cuidar da própria pele.

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2 Comentários

  1. Olha… na política brasileira nada é estranho… Brizola, do PDT, que dizia que o pai do Deputado Jr. lambia as botas da ditadura, na década de 80 na tentativa de eleger Aldo Pinto governador, foi para os palanques com aquele que acusava, causando fúria em antigos militantes do partido… Na atualidade, vemos um camarada que gastava o verbo falando do Sarney, que ajudou a derrubar Collor de Mello, que demonizava Maluf, agora os chamar de companheiros… Este mesmo companheiro chamava um senador do Mato Grosso de moto-serra de ouro, acusando-o de desmatar metade do estado, agora anda querendo plantar soja com este senhor em Cuba… Então camarada, não se pode estranhar estes conchavos politiqueiros… É a politica Tupiniquim onde os meios justificam os fins.

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