OBSERVATÓRIO. Na eleição para deputado federal, a tendência é os petistas de SM nadarem de braçada
Em 2010 foi assim: Pimenta (PT), 42.948 votos; Fabiano (PT), 26.278; Marchezan (PSDB), 9.924; Bisogno (PDT), 5.930; Salvador (PP), 973 votos. No total, e incluindo o deputado tucano como santa-mariense, os candidatos locais totalizaram 86.053 votos – para 147.012 válidos (sem nulos, brancos e abstenção). 60.959, portanto, foram dados a forasteiros. Mais uma preliminar: dos votos locais, 69.226 foram obtidos pelos dois petistas. O que é algo como 80% dos que escolheram santa-marienses. Ou 47% do total de válidos. É muito voto, em qualquer lugar do mundo.
A questão que se põe é: e em 2014? O colunista ousa responder: será semelhante. E com um viés que beneficia ainda mais os candidatos do PT: as outras siglas simplesmente abandonaram a disputa, jogando todas as suas fichas na eleição para a Assembleia e preferindo aliar-se a forasteiros na briga pela Câmara. Desistência pura e simples.
Essa circunstância pavimenta mais um grande desempenho dos já naturalmente fortes petistas. Pimenta tende a se consolidar como o mais votado, ambicionando elevar o que já fez, e Fabiano aposta num aumento no obtido em 2010, mesmo que abaixo de seu companheiro de partido.
Estará o colunista delirando, perguntará o leitor? Nada disso. É fato. Afora PP, PMDB e PDT desistirem, sem indicar candidato, ainda há a contribuir a virtual saída de cena de Marchezan, na medida em que ele decidir mesmo encarar a disputa ao Senado.
Os outros nomes, no plano local, não obstante sua respeitabilidade, não têm cacife eleitoral capaz de suportar uma campanha e pôr-se como alternativa real. São os casos de Ovídio Mayer (PDT) e Moacir Alves (PSD). A própria presença de Alexandre Lima, do PDDB, não está confirmada. Se for, já começará a campanha atrasado.
Resumo da ópera? Tirante os forasteiros, o PT nadará de braçada. Ou alguém ainda duvida?
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