JORNALISMO. Saiba pelo menos uma razão por que demoram tanto a andar propostas que repõem diploma
São duas propostas objetivas que restituem a obrigatoriedade do diploma de curso superior em Jornalismo para o exercício da profissão. Uma do deputado Paulo Pimenta, do PT, que aguarda inclusão na pauta do plenário da Câmara; outra do senador Antonio Carlos Valadares, do PSB, já aprovada no Senado e esperando pelos deputados. Mas não tem jeito de andarem.
Uma das razões, óbvias, é a pressão das empresas de comunicação, sobretudo as maiores. Mas há pelo menos uma outra, digamos, interessante. E vem de dentro do próprio Congresso, como você confere no material publicado pelo Coletiva.Net, especializado em mídia. A seguir:
“Diploma de jornalista enfrenta resistência em Conselho de Comunicação
Uma reunião do Conselho de Comunicação Social do Congresso mostrou nesta segunda-feira, 2, que a exigência do diploma de Jornalismo enfrenta resistências entre seus membros. Sete conselheiros da Comissão de Liberdade de Expressão do órgão manifestaram-se contra a necessidade de curso superior específico para o exercício da profissão de jornalista, e cinco afirmaram ser favoráveis. A plenária do Conselho ainda não tomou decisão final sobre a matéria para que parecer seja firmado. O conselho é um órgão que assessora o Congresso Nacional nos assuntos referentes à comunicação.
Durante a reunião, foram debatidas duas propostas que estão em análise no Congresso Nacional e que buscam restabelecer a obrigatoriedade do diploma. A exigência foi derrubada em 2009, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Conselheiro e representante da categoria profissional de jornalista, Celso Schröder defendeu que a formação específica é a garantia da qualidade do produto jornalístico para a sociedade. Ele afirma que “a liberdade de expressão está traduzida na liberdade das empresas de comunicação”. Schroeder observou ainda que a decisão do STF teve como base uma ação de empresas jornalísticas e ressaltou que jornalistas sem formação específica têm remuneração mais baixa. “As empresas deste setor têm dificuldade de conviver com qualquer tipo de marco regulatório, inclusive sobre seus trabalhadores”, afirmou…”
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As empresas de comunicação não contratam todos como jornalistas. Contratam como "auxiliar de redação" e funções do gênero. Mas os jornalistas não estão sozinhos nisto, engenheiros, contadores e muitas outras profissões têm este mesmo problema.