Pós-Lula. Até os ianques levam a sério a candidatura de Dilma. E eles já fizeram seu dossiê
Essa não vou nem comentar. Apenas digo que a informação surge exatamente na véspera de mais uma tentativa de convocação, por uma comissão do Senado, da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Agora é o que busca o histriônico e cada vez menos engraçado (é o que ele pelo menos tentava ser) Arthur Virgílio, o senador tucano sem votos fez 5% em 2006, quando tentou conquistar o povo amazonense para virar governador de Estado.
Enfim, dê uma lida no que escreve o jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, na página que mantém na versão online do jornalao paulista, citando o jornal gaúcho Zero Hora. A seguir:
Governo dos EUA encomendou ‘dossiê’ sobre Dilma
Joana d’Arc dos subversivos torna-se chefe da Casa Civil
Entrou para grupos clandestinos, organizou três assaltos
Planejou assalto lendário o roubo do cofre de Adhemar
Enfrentou 22 dias de uma brutal tortura de eletrochoque
1º marido seqüestrou avião para Cuba e permaneceu lá
No Congresso, reclamam que ela não entende de política
Ela tem uma reputação de negociadora dura, persistente
O documento tem quatro folhas. Traz o carimbo de sensível. Tem cara de dossiê. Um dossiê sobre Dilma Rousseff.
Produzido pelo Consulado dos EUA em São Paulo, foi ao banco de dados do Departamento de Estado norte-americano, em Washington. A migração ocorreu em 21 de junho de 2005.
Na véspera, Dilma assumira a chefia da Casa Civil de Lula. Ela ocupou o lugar de José Dirceu, que caiu fora, semana passada, por causa de um escândalo de corrupção, anota o texto remetido a Washington.
O documento foi obtido graças à lei de liberdade de informação dos EUA. Encontra-se publicado nas páginas do diário gaúcho “Zero Hora”, edição deste domingo (11), junto com outros papéis. Coisa fina. O texto sobre Dilma tem oito tópicos. Lendo-os, descobre-se que a ministra foi virada do avesso pela equipe de informação do consulado paulistano dos EUA.
Varreram a biografia de Dilma do nascimento, em 14 de dezembro de 1947, no Estado de Minas Gerais, à chegada ao Planalto. No geral, é apresentada como um cacto. Abundam no texto os adjetivos híspidos: durona, exigente, workaholic.
Não escaparam, porém, os detalhes mais lúdicos e prosaicos: Ela gosta de cinema e música clássica. Recentemente, ela perdeu peso, depois de […] adotar a dieta do presidente [Lula].
Nos trechos dedicados à mocidade da ministra, o documento esboça o retrato de uma mocinha dona de agressivas certezas dogmáticas. Foi ao cárcere da ditadura precedida de inquietante legenda.
Diz o documento, a certa altura: Ela foi capturada pelo Regime e aprisionada por três anos (o oficial se referiu a ela como Joana D’arc dos subversivos). Padeceu 22 dias de brutal tortura de…
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra do artigo Governo dos EUA encomendou ‘dossiê’ sobre Dilma. E aqui, se desejar, também outras notas publicadas por Josias de Souza, da Folha de São Paulo.
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