Eleições 2010Estado

BALANÇO. Fortes emoções, isso, definitivamente, não faltou no governo (?) Yeda

Não há dúvida que a derrota política mais evidente, pelo porte da agremiação, quem teve, no território gaúcho, foi o PMDB. Isso se revela inclusive através da imensa discussão que tomou conta da sigla, no período pós-eleitoral.

Mas, numericamente, o resultado mais estrondoso foi mesmo o da governadora Yeda Crusius, que buscava a reeleição. Curiosamente, se trata de fato esperado. E há causas bem precisas a explicar o fracasso nas urnas da comandante do Piratini.

Não custa nada relembrar alguma coisa, quando faltam ainda dois meses e meio de mandato para Yeda. Quem faz isso, com bastante qualidade, é o jornalista Ayrton Centeno, em artigo publicado na excelente revista eletrônica Brasília Confidencial, da qual é o correspondente no Rio Grande do Sul. Confira:

 “A lição do Sul

Enquanto o Brasil se prepara para escolher entre a continuidade do projeto de Lula e a retomada do período FHC, o Rio Grande do Sul conta nos dedos os dias que restam para encerrar sua primeira e notável experiência com o PSDB no poder. Dela, pelo que disseram as urnas, não terá maiores saudades. O que não quer dizer que não tenha sido inesquecível. Começou antes mesmo de que o governo começasse, quando Yeda Crusius assomou à sacada do Palácio Piratini para desfraldar a bandeira do Rio Grande do Sul de cabeça para baixo. Ou também, semanas antes da posse, quando tramou um tarifaço, evitado pela oposição parlamentar com a anuência de parte dos governistas. Entre eles, seu vice, o empresário Paulo Feijó (DEM), que se pintou para a guerra contra seu próprio governo! O espanto foi ainda maior porque a candidata do PSDB, durante a campanha, jurara que não aumentaria impostos. Quando se elegeu com o slogan “O novo jeito de governar” ninguém imaginava que isto significaria fazer o inverso do que prometera.

Pode-se dizer muitas coisas sobre o, digamos assim, governo de Yeda, mas ninguém poderá se queixar de enfado, tantas foram as emoções. Como a de conhecer caras novas: antes de concluir três anos de mandato a tucana já trocara 29 secretários! Que foram defenestrados nas mais variadas e, muitas vezes, espantosas circunstâncias. Por exemplo, seu antigo chefe da Casa Civil, Cezar Busatto, foi gravado pelo próprio vice de Yeda. No diálogo, Busatto admite que os partidos da base do governo tucano eram financiados por órgãos públicos, como as estatais de energia elétrica e de água e o departamento estadual de trânsito.

O Detran, alíás, rendeu uma CPI específica e outra genérica, a CPI da Corrupção. As investigações desvendaram porque o estado emitia a carteira de habilitação mais cara do Brasil. Um secretário, dois assessores e o ex-coordenador de campanha de Yeda disseram, em diferentes ocasiões, ter advertido a governadora sofre a fraude e que ela nada fez. O corpo de um deles, Marcelo Cavalcanti, ex-chefe da representação gaúcha em Brasília, apareceu boiando no lago Paranoá em fevereiro do ano passado. Cavalcanti deporia à Polícia Federal naquele mês. Suicídio, concluiu a polícia um ano mais tarde…”

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