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PARTIDOS. Vereador Tubias Callil está fora do MDB. Leia AQUI a nota oficial divulgada pelo parlamentar

Tubias irá informar, nesta sexta-feira (5), qual será sua nova legenda

“Não posso ficar onde não me querem”, disse Tubias Callil, agora ex-vereador do MDB/SM (Foto TV Câmara/Reprodução)

Por Maiquel Rosauro

O mais aguerrido vereador do MDB de Santa Maria disse adeus ao partido nesta quinta-feira (4), penúltimo dia da janela partidária. Tubias Callil divulgou uma nota oficial e fez uso da tribuna da Câmara, durante a sessão plenária, para anunciar a saída da legenda que militava, praticamente, desde criança.

Dono de um histórico invejável na sigla, três vezes eleito vereador, ex-secretário municipal no governo de Cezar Schirmer (MDB), ex-líder da juventude do MDB, Tubias disse em seu discurso que “os maus, às vezes, vencem”; “pensar diferente no MDB, hoje, é crime” e “não posso ficar onde não me querem”.

Sua saída da legenda estava selada desde o dia 16 de março, quando a Executiva Municipal do MDB divulgou um inesperado “comunicado à comunidade” no qual liberava o histórico militante a buscar outra trincheira. Na nota oficial lançada nesta quinta, Tubias chamou de “palacianos” os atuais comandantes da sigla.

O parlamentar prometeu divulgar seu novo partido nesta sexta-feira (5), último dia da janela partidária que permite aos vereadores trocar de agremiação sem perder o mandato. A tendência é de que ele se filie ao PL, sigla em que é cotado para concorrer ao Executivo.

Aliás, após finalizar seu discurso na tribuna, Tubias foi imediatamente abraçado, nesta ordem, por João Ricardo Vargas (PL), Adelar Vargas – Bolinha (MDB) e Roberta Pereira Leitão (PL).

Abaixo, confira a nota oficial do veredor:

Nesse 4 de abril de 2024, fecho mais um ciclo em minha vida. Começar projetos novos, renascer, recomeçar.

Minha vida tem sido de muitas alegrias, sempre trabalhando por uma vida melhor para meus amigos e conterrâneos de Santa Maria.

Vivo aqui, sou daqui, esta terra que me viu nascer e crescer vai entender os motivos que me fazem tomar as decisões que quero compartilhar com vocês.

Em um distante 4 de abril, nascia Cazuza, o poeta que cantou  os hinos da minha juventude, enquanto eu crescia na Escola   Dom Luiz Victor Sartori no Bairro Nonoai, no Duque de Caxias, no Colégio Santana, na Escola Profª Maria Rocha e no movimento estudantil de minha cidade.  Foi dele que escutei que devemos querer uma Ideologia para viver e não apenas isso, acreditar e lutar pelas pessoas. 

Antes de eu pensar no meu futuro no MDB, o MDB  de Santa Maria já tinha anunciado que queria sair de mim. Busquei na vida política viver,  aprender ideais, ouvir e ter esperança de dias melhores  da forma mais verdadeira e sincera.

Depois de mais de trinta anos militando no MDB de Cezar Schirmer, de João Gilberto Lucas Coelho, de Pedro Simon, de Ibsen Pinheiro e de Ulisses Guimarães, vejo que aquele partido que defendia e lutava  pela  democracia no Brasil, hoje vive de conchavos,  de arranjos políticos, de poder a qualquer custo e de decisões palacianas, que não refletem mais aquilo que a vida toda defendi e lutei.

Ao invés de conviver com a divergência, com os pensamentos diferentes,  o partido optou por uma unidade que não representa mais o espírito democrático que fundou uma corrente de pensamento que nasceu para mudar a política. Tornamo-nos iguais.

Todos os partidos são iguais, escutamos isso, e até pode ser mesmo,  mas podemos ser diferentes e até isso me foi tirado, o direito  de pensar diferente.  Perdemos a essência com o tempo.

Lutamos por uma mudança e nos tornamos iguais.

Hoje, somos um puxadinho do Governo do Eduardo Leite e do governo Lula, que usam os mesmos métodos para aumentar impostos, negociar cargos e vantagens, rifar candidaturas que podem quebrar esse sistema. Sim, perdemo-nos pela ganância do poder,  tiraram-nos o que tínhamos de melhor: a LUTA,  na qual lutávamos e fazíamos partido sim, até mesmo com disputas internas que fortaleciam o partido. Hoje, as decisões palacianas não nos permitem mais nem isso.  Ou pensa igual ou está fora.

Os palacianos que hoje comandam o MDB não lutam mais pelo povo e esqueceram a nossa história.

E é meu direito discutir as decisões, as candidaturas ao executivo e ao legislativo de minha cidade, acima dos arranjos partidários que têm feito tanto mal para Santa Maria e para o Rio Grande do Sul.

Sinto-me no direito de reivindicar uma postura firme e decidida com posição sem ficar em cima do muro na eleição deste ano. Infelizmente, o partido que dediquei minha vida, que era para ser democrático, não me oportunizou debater esse tema.

Sigo o mesmo. Não mudei e nem vou mudar minha postura, minha defesa pelas coisas e pelas pessoas que são direitas e que defendem a liberdade. Enfrentaremos, nesta eleição, toda a estrutura da esquerda que quer se apropriar da miséria do povo para deixá-lo escravo. Nosso papel segue sendo o mesmo.

Minha saída do MDB é para manter o meu ideal e poder defender aquilo que acredito sem censura. Se num distante 4 de abril nascia o poeta que cantava que precisamos acreditar e viver melhor ajudando as pessoas, político que não tem posicionamento, que não tem lado e está sempre no poder, as pessoas já não querem mais.  Hoje, digo que é disso que preciso. E por falta de democracia, tenho que tomar a decisão mais difícil de minha trajetória política. Nunca imaginei que faria isso. Sim, algumas pessoas e não o MDB arrancaram-me do partido covardemente sem sequer me olhar nos olhos e dizer o que cometi de errado. Defender a liberdade, os princípios da família, foi esse meu erro? Pois bem o futuro dirá quem errou.

Mantenho amigos no MDB, colegas de trabalho e algumas inspirações. Nesse ciclo que se inicia, só espero coisas boas, trabalho correto e pessoas direitas. Por mim, por meus filhos, pelos meus amigos, pelas nossas famílias e, principalmente, por Santa Maria.

Tubias Callil.

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2 Comentários

  1. Saiu para dar espaço para Nota de Tres Reais, o jundiá ensaboado. Este saiu do governo Dudu Milk onde estava pendurado num cabide para concorrer ao paço municipal para concorrer, inclusive, contra o candidato do proprio mandatario que lhe dava abrigo. O enxerto da Quarta Colonia, ao que tudo indica, sera derrotado. Sem problema, volta para a Assembleia ou para um cabide no proprio gabinete estadual. Politica ‘tradicional’.

  2. ‘[…] ele se filie ao PL, sigla em que é cotado para concorrer ao Executivo.’ Vai ficar sem mandato. Simples assim.

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