SAÚDE. Inexiste projeto para mudar Plano Diretor e permitir obra do Hospital da Unifra no bairro Lourdes
Virou lugar comum: a instituição franciscana estaria negociando com a Prefeitura para que o hospital escola seja construído ali na zona sul, mais exatamente no Bairro Nossa Senhora de Lourdes, onde hoje já há o Hospital São Francisco, da mesma organização.
Também é correto dizer que virou voz corrente a criação do curso de Medicina pelo Centro Universitário Franciscano/Unifra, e os alunos, obviamente, atuariam nesse hospital (e nos demais, geridos pelas irmãs franciscanas), assim como estudantes de outros cursos já existentes na área da saúde.
Comecemos pela segunda parte. Há bons indicativos de que o curso para formar médicos seja criado em seguida. Inclusive em tempo de estar no Vestibular do final do ano. Resta apenas um ponto, de tantos já percorridos: a autorização do Ministério da Educação. Que virá rapidamente.
Já em relação ao hospital… Bem, aí a porca torce o rabo. O editor contatou, no final da tarde passada, através da assessoria de imprensa do Palacete da SUCV, o Instituto de Planejamento (Iplan), que é por onde passam todos os projetos do tipo. O fato objetivo é que não há possibilidade alguma de construção sem que as “Diretrizes” sejam enviadas ao Iplan. Através delas, o construtor informa (em linguagem simples claudemiriana) o que pretende e o Instituto analisa e responde se pode ou não ou o que precisa ser feito, para se adequar ao Plano Diretor.
O que aconteceu? Segundo as informações repassadas ao editor, a Unifra enviou as “Diretrizes” mas as retirou, mesmo sem ter recebido uma resposta. E mais: segundo apuração deste sítio: antes de um novo envio, passo necessário à aprovação da obra, a instituição precisa resolver as questões pendentes com a área ambiental do Estado. Aliás, nem a Fepam recebeu o projeto. E só poderá analisá-lo quando e se o receber.
Quais são essas pendências? Você pode encontrar detalhes na reportagem de Marcos Fonseca e Joyce Noronha, PUBLICADA na série “Santa Maria Mais”, aqui mesmo, em maio. E daí nós vamos ao título desta nota e ao que se informa lá no primeiro parágrafo. Isto é: não há negociação alguma entre Unifra e Prefeitura. Pelo menos onde interessa, isto é, no Instituto de Planejamento.
E mais, e principalmente: na hipótese de as “diretrizes” a ser entregues significarem, após análise do Iplan, necessidade de modificar o Plano Diretor, só então um eventual projeto pode ser encaminhado à Camara de Vereadores. E, atenção: para mudar o PD é necessário que se realize, por exemplo, audiência pública. Logo, não será tão cedo.
Resumo da opera: o curso de Medicina vem antes do Hospital. Com absoluta certeza.
"….nada mais acontece na cidade."
Se a memória não falha, desde janeiro de 2013, pouco ou nada aconteceu na cidade, estamos falando de coisa publica.Virgula aconteceu sim, denuncia ao SPC (contribuintes)e Cadin, prefeitura.
Durante muitos anos fui vizinho daqueles plátanos, lindíssimos, que emolduravam o bairro Ns.de Lurdes.
As freiras, antes de saber se poderiam construir, derrubaram todos, sem ao menos tentar inserir no projeto.
#pavordefreira
Mas e o investimento dos correios que faria 1500 casas e que a prefeitura está trancando pois não da autorização .vergonha muito maior.pelo menos este da unifre esta em local improprio .
A legislação ambiental já é bastante rígida. O licenciamento ambiental é uma burocracia dos infernos, morosa ao extremo. Se entrarmos na seara da "árvore ser sagrado", "vamos parar e ficar 25 anos discutindo até todos concordarem", nada mais acontece na cidade.
Claudemir. Para quem já viu UMA das propostas (rolam muitas em reuniões) o menor dos problemas é a presença de DOIS recursos hidricos no terreno.
Uma pena os paisagistas envolvidos não terem aproveitado a vegetação existente e integrado no projeto hospital (de uma instituição que tem o curso de Engenharia Ambiental!).
Foram cortadas árvores distantes de onde se teria prédio ou vaga de estacionamento (um deles programado, em um dos projetos, encima de uma recursos hidrico).
A terraplanagem e cortes atingiram locais desnecessarios ao projeto. O plano diretor é claro e limita a 6 m (dois andares) os projetos naquela região. E mudar o plano diretor não se faz de uma hora para outra. O IPLAN recem está captando idéias do que deve ou pode ser mudado e a participação popular, o tal de controle social, é fundamental. Passando na Câmara de Vereadores e audiência públicas.
Riachos aterrados, árvores derrubadas, fauna deslocada,… infelizmente acontece e se tenta remediar, compensar,… as vezes deixando quieto (como está hoje) a natureza sábia se regenera. Houve um estrago desnecessário. Caberia a Uniffra ver quem a orientou em derrubar tantas árvores e por que. Cabe aos paisagistas da cidade começarem a pensar em não "esterilizar" tudo para depois vender um projeto maior em área e com maior necessidade de compra de mudas e plantas.
O espaço entre as sangas poderia ter sido um espaço de convivencia, sendo a interface com o futuro parque Palotino. Poderia… algume decidiu cortar exageradamente, não somente onde haveria obra, mas muito alem… por que? A pessoa que assina os cheques´na UNIFRA já se perguntou isto? Ela tem a área de hospital e prédios anexos… nestes tantos projetos, sempre haveria um predio e vagas ao redor… limitado a uma área. Por que cortaram tanto e onde não precisaria?