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#TEM COPA. Mídia, outra vez, foi goleada pelos fatos

Uma festa em verde-amarelo e todas as cores dos outros países. Apesar da mídia brasileira
Uma festa em verde-amarelo e todas as cores dos outros países. Apesar da mídia brasileira

Na mídia brasileira, ao longo dos últimos dois anos, mas sobretudo neste, a impressão que se tinha (e acabou se disseminando entre parte da população) é que a Copa do Mundo seria um fracasso absoluto. Um desastre. Tinha lá seus motivos, com certeza, para defender o caos. Menos o interesse público.

Como a mídia estrangeira tinha a nossa como fonte, o mundo chegou a imaginar que seria mesmo um horror. E impediu que milhares de pessoas viessem ao Brasil, por conta do terrorismo midiático. Aliás, quem pagará esse prejuízo???

E agora, como está? Simples, a mídia estrangeira veio ao país e constatou o oposto. Quem paga o mico, claro, são os jornais, revistas e emissoras de rádio e TV que achincalharam o País. Reconhecer, porém, já é outra história. Apenas um jornal se dignou a, mesmo que timidamente (e não assumindo sua própria responsabilidade), a admitir o erro cometido.

Sobre tudo isso, vale conferir o texto informativo-analítico, inclusive com a palavra dos estrangeiros, publicado na versão impressa e também na online, da revista Carta Capital. O texto é de Cynara Menezes, com foto de Reprodução. A seguir:

Na Copa do Mundo, o pessimismo foi goleado

A maior virada da Copa do Mundo aconteceu nos estádios, mas não exatamente em uma partida entre duas seleções. O fiasco previsto durante a fase de preparação do torneio não se confirmou e o evento surpreende até os mais otimistas, raros antes do início do Mundial. Os prognósticos do “desastre” e do “fracasso sem precedentes” deram lugar a um estado de ânimo completamente oposto. Talvez não seja a “Copa das Copas” como defende a presidenta Dilma Rousseff, tampouco desenha-se o vexame anunciado (e freneticamente esperado) por muitos.

De uma tenebrosa “epidemia de dengue” à “vergonha” antecipada pelo oportunista Ronaldo, falou-se de tudo contra o torneio. O ex-jogador é, aliás, um fenômeno. Apoiou a Copa, depois a criticou. No mesmo momento, por coincidência, declarou apoio a Aécio Neves na sucessão presidencial. Novamente voltou a elogiar a competição no papel de comentarista da Rede Globo.

A má vontade da mídia nativa contagiou os jornalistas estrangeiros a ponto de, nos últimos dias, vários meios de comunicação do exterior virem a público fazer um mea-culpa em relação ao pessimismo demonstrado nos meses que antecederam o evento. O espanhol El País disse com todas as letras: “Não era para tanto”. Segundo o jornal, esperava-se “uma espécie de apocalipse brasileiro, em que pouco ou nada ia funcionar como devia”.

“Havia quem pintasse uma imagem negra desta Copa do Mundo que se podia resumir assim: estádios sem terminar aos que se chegava por estradas inconclusas, rodeados de manifestantes antifutebol e policiais antimanifestantes em meio a gangues de delinquentes assaltando o torcedor desesperado, que se maldizia por não haver se conformado em assistir às partidas pela televisão de sua casa e que não podia fugir dali porque o metrô não funcionava por causa de uma greve selvagem que afundava a cidade em um engarrafamento monstro, escuro e pronto”, escreveu o diário madrilenho.

O francês Le Monde saudou “a improvisação brasileira” que “se revela à altura do evento” e falou em “milagre” ao elogiar uma Copa feita à imagem e semelhança do País: “Bagunçado e simpático, descontraído e acolhedor”. O New York Times fez um resumo sob o título: “Previsões apocalípticas viraram pequenos soluços”. O Washington Post ecoou o otimismo: “Copa é só cerveja, praia e futebol”. Os britânicos Guardian e BBC seguiram em idêntica toada. Com aeroportos e estádios em ordem e as estatísticas sobre os gols se multiplicando, alguns meios estrangeiros chegam a ecoar Dilma: a “melhor Copa do Mundo da história”. Verdadeira zebra…”

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