Artigos

E é morrendo que se vive para a vida eterna – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira

Todos conhecem a história de São Francisco, a vida simples, os valores, a oração em que se pede ao Senhor, fazei-me instrumento de Vossa paz; onde houver ódio, que eu leve o amor; onde houver ofensa, que eu leve o perdão; onde houver discórdia, que eu leve a união; onde houver dúvida, que eu leve a fé; onde houver erro, que eu leve a verdade; onde houver desespero, que eu leve a esperança; onde houver tristeza, que eu leve a alegria; onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar do que ser consolado; compreender que ser compreendido; amar do que ser amado; pois é dando que se recebe; é perdoando que se é perdoado; e é morrendo que se vive a vida eterna… Conta-se, ainda, que há um verso omitido é esquecendo de mim que eu me encontro.

Se morrer fosse apenas mudar de casa, bastaria aceitar a morte como uma passagem natural de um lugar para outro, bem melhor do aqui onde estamos. Mas como não se sabe nada do lado de lá, o inusitado, o desconhecido teima em nos assustar. Viver a vida pode ser simples, um simples ato de contemplação. Fazer hoje tudo que possa ser feito no dia de hoje, e como se (talvez) fosse, o último dia (talvez seja). Isso não implica em ser irresponsável, mas sim ter responsabilidade em saber viver a vida, um novo nascimento a cada dia.

O verso omitido é esquecendo de mim que eu me encontro carrega uma certa controvérsia. Como esquecer de si? Tem-se aqui uma ironia e um alerta. Podemos nos perder em esquecimento próprio e ainda assim nos encontrarmos? É necessária a perda para o encontro? Como se autoesquecer?

Em resposta, há possibilidades de nos dedicarmos a coisas que nos absorvem. A leitura de um bom livro, a conversa com os verdadeiros amigos, um filme, uma música… Esquecermo-nos não é nos diminuir! É encontrarmo-nos! Perceber que estamos também nos outros, no que aprendemos com as pessoas, na paz inquieta que vive em nós. Só vale a pena quando temos determinação de simplesmente viver a vida.

Eis as minhas palavras para uma grande amiga, de quem vou lembrar, em sua vida eterna, com carinho a “Grandi” mulher que sempre será! Nossas despedidas sempre foram assim, e assim será, beijo na bunda Zazá!

Vitor Hugo do Amaral Ferreira

Referência: Obra A oração de São Francisco: fé, esperança e paz para uma vida feliz.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo