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Operação Rodin (31). Afinal, Lair Fest é ou não militante figurão do PSDB? Yeda Crusius fala

Pela primeira vez, desde que a Operação Rodin foi desencadeada, alguém ligado ao PSDB falou sobre Lair Fest, que integra o Diretório Estadual do partido e é apontado como um dos coordenadores financeiros da campanha da agora governadora Yeda Crusius.

 

A própria Chefe do Executivo tratou do tema, de resto bastante delicado e constrangedor, em entrevista concedida ontem. A propósito, e como entendo relevante, reproduzo (com eventuais ajustes) nota que publiquei aqui neste primeiro dia da semana, pouco depois das 2 da tarde. Confira:

 

“Operação Rodin (27). Yeda admite (e não é crime) conhecer suspeito de participar de fraude

 

É aquela história do constragimento, sobre a qual já escrevi. E também sobre os efeitos que acabam por surgir no meio político (saiba mais clicando aqui). Sem conseqüências. Ainda. Mas hoje (segunda-feira), por exemplo, instada no programa “Atualidade”, da rádio Gaúcha, a governadora Yeda Crusius admitiu conhecer, há muito tempo, o empresário Lair Fest – um dos seis ainda presos na carceragem da Polícia Federal, suspeito de participar (e ser um dos maiores beneficiários) da fraude envolvendo o Detran e a Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec), ligada à UFSM.

 

Li bastante acerca das manifestações da titular do Palácio Piratini. E escolhi e reproduzo, a seguir, a feita por Diego Casagrande. Inclusive porque ele pode ser qualificado do que for, menos de adversário do PSDB (e de quem está no poder, de uma forma geral, exceto o PT). Confira o que ele escreve, na página que mantém na internet. A seguir:

 

“YEDA PISA EM OVOS PARA FALAR DE LAIR FERST: “É UM HOMEM DE TRATO MUITO AFÁVEL”

 

Contrariando o estilo de linchar publicamente aqueles que a desagradam – como fez com o ex-secretário de Segurança, Enio Bacci, e com a ex-secretária do Meio Ambiente, Vera Callegaro – desta vez a governadora Yeda Crusius falou manso e evitou qualquer consideração crítica sobre os atos de Lair Ferst, preso pelo Polícia Federal acusado de participar da fraude de R$ 40 milhões no Detran-RS. “É pessoa de um trato extremamente afável. Não há porque negar, agora que ele está indiciado nesta questão do Detran-RS, que a convivência com o Lair foi presente durante décadas”, disse Yeda a uma rádio da capital.

Até então, a governadora vinha mantendo um silêncio incômodo, desconfortável. Atropelada pelos fatos, teve de falar. Mas não falou tudo. Nos meios políticos é sabido que as relações de Yeda com Lair Ferst extrapolam as da então candidata ao governo com um simples “militante”. Lair foi muito mais do que isso. Em 24 de outubro de 2006, ainda na disputa ao 2º turno, a jornalista Rosane de Oliveira cogitava em Zero Hora o nome de Ferst para o secretariado. Era notória a influência junto ao casal Yeda e Carlos Crusius.

“Ele sempre foi um militante muito… presente. Um militante de defesa das coisas do partido. E ganhou muitos inimigos, inclusive. Ele não exerceu nenhuma função de coordenação [na campanha]. Tem amigos de 30 anos dentro do PSDB. É um homem ligado a festas, é homem da noite também”, disse Yeda.

“Ele estava muito desgostoso porque não fez nenhuma indicação e nem tem cargo no governo. Ele está na executiva do PSDB. O Lair é um militante. Eu conheço o Lair e não há reunião do PSDB em que ele não estivesse presente por mais de uma década. Ele é um militante do PSDB como tem milhares de outros… Na minha campanha eleitoral, como tantos outros, ele ficou ali buscando ajudar”, afirmou a governadora.”

 

SUGESTÃO DE LEITURA clique aqui, se desejar ler outras notas publicadas pelo jornalista Diego Casagrande

 

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