Banqueiros apresentaram ontem a sua proposta de reajuste salarial para os bancários de todo o país. A categoria ficou insatisfeita e já anuncia possibilidade de greve ainda antes do final do mês. Em Santa Maria, os trabalhadores realizaram assembleia ontem. O resultado, e também o que querem os bancários e oferecem os banqueiros, você fica sabendo através do relato de Maiquel Rosauro (texto e foto), da assessoria de imprensa do sindicato. A seguir:
“Bancários demonstram insatisfação com postura da Fenaban
A assembleia geral extraordinária realizada na noite desta sexta-feira na AABB, em Santa Maria, deu voz aos bancários da base do Sindicato santa-mariense. Durante o debate, a categoria demonstrou insatisfação com a postura da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e também com o calendário da Campanha Salarial.
Na manhã desta sexta, na sétima rodada de negociação, a Fenaban apresentou proposta de reajuste de 7% sobre as verbas de natureza salarial e de 7,5% no piso. O Comando Nacional dos Bancários considerou a proposta insuficiente e apontou greve a partir de 30 de setembro.
Em 25 de setembro, em horário a ser definido, o Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região deve reunir a categoria mais uma vez. Na ocasião, será deliberada a proposta de greve nacional.
Principais reivindicações da Campanha Salarial dos Bancários 2014
> Reajuste salarial de 12,5%;
> PLR: três salários mais R$ 6.247;
> Piso: R$ 2.979,25 (salário mínimo do Dieese em valores de junho);
> Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
> Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PL 4330 na Câmara Federal, do PLS 087 no Senado e do julgamento de Recurso Extraordinário com Repercussão Geral no STF;
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
> Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;
> Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).”
Reajuste salarial cujo índice é o dobro da inflação? Participação nos resultados fixo independente dos resultados? Bancários ainda não descobriram, mas com internet, caixas automáticos, banco postal nos correios e lotéricas fazendo parte do serviço, eles estão fadados a desaparecer.
E vamos combinar, se ganharem o reajuste e a participação dos resultados não tem greve e o resto das reivindicações vão para a gaveta.