JORNALISMO. Então, a Veja publicou como exclusiva entrevista que ministra do STF der em um “workshop”
Pooois é. Quando este editor considera a Veja uma ex-revista, não faltam defensores da publicação. Tudo bem. É democrático. Ninguém precisa concordar; basta respeitar. Agora, vamos combinar o seguinte: quando o veículo da Editora Abril era uma revista, com certeza não publicaria uma entrevista que, na verdade, fora um uorquishopi do qual a entrevistada participava e que teve uma dezena de jornalistas fazendo perguntas.
Mais, não transformaria observações feitas para o conjunto em respostas a perguntas colocadas depois. Isso não aconteceu? Pois, aconteceu. E foi há duas semanas, na edição datada de 17 de setembro – tendo como “entrevistada” a ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.
O interessante é que, mais uma vez, o tal “lobo não come lobo” funcionou. Tanto que a mídia tradicional nada registrou dessa situação toda – embora alguns de seus integrantes tenham publicado, antes, fatos agora dados como exclusivos.
Imagina se não existisse a internet. Nunca saberíamos. Se bem que, antes da grande rede, a Veja ainda era revista. Bueno, mas o melhor mesmo é saber como tudo aconteceu agora. E quem conta é o jornal eletrônico GGN, em reportagem assinada por Patrícia Faerman. As fotos são de Reprodução. A seguir.
“Perguntas de 10 jornalistas a Cármen Lúcia via exclusiva em Veja…
… A entrevista com a ministra Cármen Lúcia nas páginas amarelas da edição do dia 17 de setembro da revista Veja contou com a colaboração de no mínimo 10 jornalistas. Contudo, a repórter Mariana Barros, uma das participantes do Workshop “Os Impactos da Legislação Eleitoral sobre os Meios de Comunicação”, foi a única que assinou a matéria. E publicou: a vice-presidente do Supremo Tribunal “concedeu a VEJA sua primeira entrevista nos últimos dois anos”. Mas o referido veículo se esqueceu de publicar a “exclusiva” antes de todo mundo.
O evento foi realizado no dia 25 de agosto, em São Paulo, pelo Instituto Palavra Aberta e a Associação Nacional de Editores de Revista (ANER). Para mediar a palestra da ministra Cármen Lúcia, estavam à mesa o presidente da ANER, Frederic Kachar; o diretor jurídico da ANER, Lourival Santos; e duas jornalistas: Regina Augusto, de Meio & Mensagem, e Mariana Barros, da Veja.
Após a apresentação da mais nova vice-presidente da Suprema Corte, o espaço foi aberto a perguntas. E contribuíram diversos jornalistas da plateia, além das profissionais da Veja e de Meio & Mensagem. O Jornal GGN publicou a reportagem“Cármen Lúcia e o gozo da autoridade suprema“no dia seguinte, assim como outros veículos.
Ao final do Workshop, a ministra concedeu entrevistas exclusivas, de fato, a alguns jornalistas. As perguntas respondidas ao GGN resultaram em outra reportagem: “As diferentes visões sobre a indicação na Suprema Corte brasileira“.
Mas as páginas amarelas de Veja não tiveram a preocupação de separar o que foi particular e o que foi coletivo ou, ainda, de deixar transparente o contexto…”
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"Pooois é. Quando este editor considera a Veja uma ex-revista, não faltam defensores da publicação. Tudo bem. É democrático"
Democracia!!
"Congrega as pessoas que terceirizaram o raciocínio e o espírito crítico."
Tal atitude, à qual convenhamos, NÃO ocorre no sitio.
Partidarizar, um assunto deveras importante como a informação é no mínimo…falta de neurônios…
Se as perguntas foram feitas à ministra e ela respondeu, o resto são tecnicalidades que só interessam os jornalistas. Bobagem para resumir.
O conteúdo é que conta. Claro, a tentativa de desqualificar a revista com bobagens como esta mostra que a mesma incomoda um certo partido. Estou me referindo ao PZ, partido zumbi, claro. Congrega as pessoas que terceirizaram o raciocínio e o espírito crítico.