O OUTRO LADO. Ana Amélia não fala ao ‘Sul21’, mas divulga nota. Só que não consegue explicar o essencial
Depois da reportagem exclusiva do jornal eletrônico Sul21 (e que mereceu nota PUBLICADA neste sítio), a senadora Ana Amélia Lemos (PP) demorou 24 horas para se manifestar acerca do fato de ter sido Cargo de Confiança do marido, o ex-senador biônico Otávio Cardoso, ao mesmo tempo em que era a chefe da sucursal do jornal Zero Hora em Brasília.
Se recusou (sob as mais variadas alegações) a falar com o jornal, embora tenha se manifestado noutros veículos. Mas isso é o de menos. O principal é que suas explicações são absolutamente insuficientes, além de ter chamado os cerca de R$ 8 mil (em valores atualizados) que recebia como um “salariozinho”.
Bueno, ainda assim, a versão da parlamentar que pretende governar os gaúchos foi dada pelo Sul21, como você pode conferir na reportagem assinada por Ana Ávila. A foto é de Divulgação. A seguir:
“Ana Amélia divulga nota mas não explica como conciliava cargo no Senado e emprego na RBS
A candidata ao governo do Estado pelo PP, Ana Amélia Lemos, divulgou nota sobre o período em que ocupou Cargo em Comissão no gabinete do marido, o senador biônico Octávio Cardoso, entre 1986 e 1987, ao mesmo tempo em que dirigia a sucursal do Grupo RBS em Brasília. No entanto, na declaração, a candidata não responde a questões como de que modo conciliava os empregos. Desde a tarde de quinta-feira (11), o Sul21 tenta falar com a progressista, mas conseguiu contato apenas com seus assessores e com o presidente do PP, Celso Bernardi. Ana Amélia concedeu entrevistas a outros veículos na manhã desta sexta (12), mas sua assessoria informou que ela está cumprindo agenda de campanha no interior do Estado, e não pode falar com o Sul21.
Ana Amélia não informou até agora, nem na nota oficial, nem nas declarações à imprensa, como cumpria a carga de 40 horas semanais de trabalho como CC, que deveriam ser atestadas pelo titular do Gabinete, juntamente com a função de diretora da sucursal da empresa de comunicação gaúcha em Brasília.
Questionado sobre o assunto, o presidente o PP, Celso Bernardi, disse que ainda não havia conversado com Ana Amélia, mas falou um pouco sobre o modo como acredita que seja cumprida a carga horária pelos CCs. “Essa exigência de oito horas é meio interessante”, disse Bernardi. “O CC é Cargo em Comissão. Muitas vezes, a pessoa tem escritório fora, trabalha de noite. Por exemplo, o deputado que tem escritório em Porto Alegre, tu achas que oito horas é uma exigência? É muito mais, é a campanha, viajando junto. Eu não sei. Tu estás pegando um ponto que não fazia oito horas. Eu não sei. Na época, quem controlava isso é que tinha que avaliar se a pessoa fazia, ou não fazia”, afirmou o presidente do PP.
Ao ouvir que seria de interesse público saber se o funcionário cumpria as horas pelas quais recebia, Bernardi disse que “desde 1988, foi bem mais assegurado isso aí. Eu não posso avaliar um assunto que aconteceu há 28 anos. Eu não estou em Brasília, eu não estou no Senado”.
Na nota que divulgou nesta sexta (12), Ana Amélia também se refere à Lei do Nepotismo, de 1988, que passou a coibir a prática. “Após a Constituição de 1988 é que foi admitido o impedimento de parentes no setor público! O fato de ter ocupado esse cargo não me proíbe, hoje, de criticar os abusos nessas contratações!”, diz o texto, sem entrar na discussão do aspecto moral.
A candidata afirmou também, em entrevista ao Portal Terra, que não havia incompatibilidade na função que desempenhava: “Fiz uma assessoria com um ‘salariozinho’ para o meu marido. Não havia nenhuma incompatibilidade porque o salário na época era baixo”, disse Ana Amélia. O salário ao qual Ana Amélia se refere era de Cr$ 9 mil, (cerca de R$ 8.115,00 em valores atualizados). A quantia corresponderia hoje a mais de nove salários mínimos regionais…”
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A musa da RBS está igual a Marina, quanto mais fala, mais se afunda.
Salariozinho???? E mais, Ela disse que cumpria seu horario recortando tiras de jornais para o marido, muito provavelmente em casa ou na redação da Zero Hora. Qual a opinião da sempre ética RBS sobre o assunto?