VEÍCULOS. Cai número de emplacamentos de carros “0 km” em Santa Maria. Tanto no mês, quanto no ano
A redução, os números não mentem, é bastante significativa. É verdade que o mercado de Santa Maria, bastante competitivo, continua comercializando muitos carros “zero quilômetro”, entre automóveis e comerciais leves. Mas já foi melhor. Bem melhor.
É fácil constatar a situação, através dos dados oficiais do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), que traz a quantidade de carros novos emplacados em Santa Maria. Entre janeiro e agosto de 2013 foram 4.199. Agora, em 2014, no mesmo periodo, esse total baixou para 3.887, ou 8% menos. Sim, isso tem algum significado.
A diferença é mais significativa se contar-se apenas o mês de agosto. Em 2013 foram 569; agora chegaram a 455, ou 20% menos, para igual periodo. Aguarda-se, no setor, um melhor desempenho nos últimos meses do ano, tradicionalmente bons para o setor automotivo.
Se considerar-se mês a mês, a redução também se constatou, nas concessionárias da boca do monte. Enquanto em julho foram comercializadas e emplacadas aqui 533 unidades, no mês passado, com as 455 anotadas no Renavam, tem-se uma retração de 15%, em percentual redondo. Agora, é aguardar os próximos meses, mas uma certeza já é possível ter: o ano de 2014 não será o mesmo de 2013 e menos ainda o anterior. Em 2012, as empresas daqui emplacaram em Santa Maria nada menos que 6.881 carros “0 km”. Um desempenho, quem sabe, irrepetível.
OBSERVAÇÃO: nas tabelas que ilustram esta nota você tem o total de emplacamentos do acumulado do ano e também o do mês passado, inclusive por marca, conforme os dados do Renavam.
Já era tempo das pessoas criarem a consciência de que ter um carro não é solução de mobilidade. Sem contar no valor extorsivo dos veículos aqui no Brasil.
Helsinque, capital da Finlândia, pretende tornar a propriedade privada de carros desnecessária até 2025. Irão investir em um sistema integrado com trens, onibus, bicicletas, taxis, etc. O deslocamento será facil, o carro será desnecessário. Eles sabem que é previsto que 58% da população mundial estará morando em cidades na mesma época. Já estão se mexendo.