7 MESES. No fecho das atividades que lembraram as vítimas da tragédia da Kiss, muita música e orações
Terminaram, agora à noite, as atividades que marcaram o sétimo mês da tragédia da Kiss, que matou 242 jovens e feriu outros 600, pelo menos. Foi um dia intenso. Na parte da manhã, como você conferiu aqui, houve caminhada e cavalgada. Agora, à tardinha e até agora há pouco, culto ecumênico, arrecadação de alimentos para pessoas carentes e um show de rock – entremeado com trecho da segunda “gravação assombrada”.
Quem acompanhou isso tudo, e foi publicado no portal Terra (como estará, também, na edição desta quarta-feira de A Razão), foi o repórter Luiz Roese. Confira seu relato, em texto e fotos. A seguir:
“Culto e shows encerram dia de homenagens no 7º mês da tragédia…
…A terça-feira de homenagens às vítimas da tragédia da Boate Kiss, no dia em que o incêndio na casa noturna completou sete meses, terminou com um culto ecumênico e um show de bandas em Santa Maria (RS), a cerca de 100 metros um do outro. A data foi lembrada desde a manhã, com caminhada, chegada de uma cavalgada em frente à boate e uma missa crioula.
Na noite desta terça-feira, o Movimento Santa Maria do Luto à Luta promoveu o “Tributo por Justiça em Homenagem aos Anjos de Janeiro”, na praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria. Duas bandas se apresentaram: Dita Vigaria e Inseto Social.
Entre uma apresentação e outra, foi apresentado um trecho da gravação de uma conversa entre o ex-procurador jurídico da Câmara de Vereadores de Santa Maria Robson Zinn, que é presidente municipal doPMDB, e dois familiares de vítimas da Kiss. O político faz menção a uma suposta fraude envolvendo uma licitação nas câmeras de vigilância instaladas pela prefeitura. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Durante os shows, foram arrecadados alimentos para famílias carentes de Santa Maria. Mesmo com o frio, cerca de 100 pessoas acompanharam as apresentações…”
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Esperança por Justiça. Não pensem que é fácil e agradável para as famílias as caminhadas, as vigílias, as passeatas, os eventos, os almoços, os cultos, as manifestações, deitar no asfalto, chorar em público. Coloquem-se no lugar de quem perdeu um filho de 20 anos de forma tão estúpida. Tudo faz reviver e prolongar o sentimento de impotência e de abandono pelo poder público municipal vivenciado naquele 27/1. Ninguém gostaria de ter esses eventos em suas agendas familiares. Mas paradoxalmente são necessários para que se possa seguir em frente. Jamais esqueceremos.